quarta-feira, 10 de novembro de 2010



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Nada acontecia antes das eleições




Gerson Tavares




Depois de muita “mutreta” para esconder os escândalos do governo durante a campanha política, agora chegou a hora de “colocar a boca no trombone” e é pensando assim que o Tribunal de Contas da União (TCU), que ficou calado até agora, mostrou o seu relatório de fiscalização de obras públicas, nesta terça-feira.

Neste relatório existe uma recomendação ao Congresso Nacional para “paralisação” de 32 obras, de 231 fiscalizadas "in loco" entre janeiro e agosto. Tudo isso, devido a “indícios” de irregularidades.

O TCU encontra indício de “sobre preço” e solicita uma investigação dos contratos do Senado. E já que agora não haverá mais influência no resultado das eleições, o TCU também recomenda que não mais haja contratação de terceirizados em estatais. Mas a coisa não para por ai e o TCU divulga cadastro com 10 mil condenações por contas irregulares e dessas, 18 fazem parte do “famigerado” Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

E o TCU recomendou a retenção parcial dos recursos destinados para 6 obras, até que os problemas sejam resolvidos, mas aí já é outro “problema”, porque a turma que fez a “tramóia”, naturalmente sabe quem armou tudo e não convêm vir o nome à baila.

Mas a coisa não para por ai e em outras 184 obras, também foram encontrados indícios de irregularidades, mas, nesses casos, segundo o TCU, não se justificam paralisação. Por incrível que possa parecer, em nove obras fiscalizadas, o TCU não fez ressalvas e nestes casos já tem petista procurando o culpado pelo desvio do dinheiro do “bolso” de alguém para as obras.

Mas o que mais chama a atenção é o fato de que entre as 32 obras cuja suspensão foi recomendada pelo TCU, 16 delas já apresentavam indícios de irregularidades desde o ano de 2009 e mesmo com o tribunal mandando que fossem paralisadas as obras, as recomendações não foram acatadas, e as obras continuaram.

Isto aconteceu porque o TCU não tem poder de determinar a paralisação das obras - apenas faz recomendações ao Congresso e ao governo. Realmente é esperar o impossível.

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