quarta-feira, 17 de novembro de 2010



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Medula Óssea e Plaquetas
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Uma mão lava a outra e
as duas roubam o povo




Gerson Tavares

Depois que as eleições passaram, depois que o Lula conseguiu se livrar do fantasma da execração pública pelos desmandos do seu desgoverno, veio à tona todas as “falcatruas” que foram feitas para garantir o dinheiro de uma campanha milionária. As empresas responsáveis por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que foram consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) doaram R$ 240,5 milhões para campanhas políticas ao longo do primeiro turno das eleições deste ano.

Lógico que o partido mais beneficiado pelas contribuições dessas empreiteiras foi o PT, cujas campanhas receberam R$ 70,5 milhões. Somente a direção nacional da legenda foi agraciada com R$ 18,7 milhões. E foi com base em processos disponíveis no site do TCU, que o jornal “Estado de São Paulo” identificou empresas responsáveis ou integrantes de consórcios de nove das dezoito obras do PAC que apresentaram irregularidades graves e que, portanto, terão de ser paralisadas.

Faz parte deste grupo a Camargo Corrêa, integrante do consórcio contratado para realizar melhoramentos no Aeroporto de Vitória (ES). A Camargo foi a empreiteira que mais doou no primeiro turno. Foram nada mais, nada menos que R$ 91,7 milhões. Logo a seguir veio a Construtora Queiroz Galvão. Esta empresa é responsável pela construção do Canal do Sertão, em Alagoas, da Adutora Pirapama, em Pernambuco, e faz parte do pool de empreiteiras que deveria reformar e ampliar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A construtora entrou com R$ 58,2 milhões.

Como não poderia deixar de constar nesta lista, as construtoras OAS, com R$ 41,2 milhões, Egesa com 12,3 milhões, a Mendes Júnior entrando com R$ 12,2 milhões, Constran com R$ 3,8 milhões, EIT - Empresa Industrial Técnica com R$ 9,7 milhões, a Serveng colocando R$ 9,3 milhões e a Odebrecht que deu R$ 2,1 milhões. Mas pelo que andam dizendo, todos esses montantes deverão ainda ser reajustados.

Isto porque o prazo para a prestação de contas dos candidatos que participaram do segundo turno termina no próximo dia 30 e até lá muitas contas de chegar ainda deverão ser feitas.

Mas como a relação de 231 obras fiscalizadas pelo TCU foi entregue na terça-feira aos presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que se elegeu vice na chapa liderada por Dilma e lógico, também se beneficiou com essa “grana” toda, e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sempre um bom parceiro de "tramoias", tudo que for apresentado será aceito como certo.

Isto quer dizer que nada irá acontecer e quem pagou a campanha estará livre de qualquer investigação.

Isto é uma vergonha!

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