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E a briga continua

Gerson Tavares

A única coisa que está realmente decidida no assunto Ministério é que Antonio Palocci vai ficar longe do Palácio do Planalto. Lula e Dilma sabem que o homem é perigoso, mas como tem que engolir a “peça”, ele vai acabar com a Saúde, aliás, acabar ficando na Saúde e acabando com ela.

Em relação aos outros cargos, a luta está só começando, mas como foram muitos parceiros para arranjar os votos que elegeram a presidente, ela agora vai ter que honrar suas promessas de cargos. Mas entre os dez ou doze partidos que entraram no “rachucho”, a briga maior vai ser entre PT e PMDB, os maiores dos aliados e também de enormes gargantas.

Nesta disputa dos dois existem três “pedras preciosas” que todo mundo quer. São elas o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobras. A disputa até estava tranquila, com muita conversa amiga, mas principalmente os cargos-chaves da Caixa Econômica Federal já estão acirrando os ânimos. A Caixa, uma instituição que tem nas mãos os maiores programa sociais do governo e, em especial, o “Minha Caixa, Minha Vida”, virou a grande vedete da disputa. Moreira Franco está certo que ele será o escolhido, afinal ele foi da equipe de coordenação de campanha de Dilma, mas como a Caixa está nas mãos do PT desde 2003, os petistas estão certos de permanecer com a “chave do cofre”.

Esta é só a primeira enrascada que a Dilma está encontrando, mas muitas outras virão nos próximos dias. O próprio Moreira Franco, se perder a “queda de braço” da Caixa, vai ter que ser acomodado em outro bom cargo. Com isso outro “companheiro” terá que ser deslocado e assim vai o dominó ruindo diante da Dilma. Para cada cargo negociado, se um fica contente, não tenham dúvidas que pelo menos nove ficaram “tiriricas”.

Aliás, por falar em “Tiririca”, ele é a cara do brasileiro, não é mesmo Lula?