sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quando as “falcatruas” falam mais alto



Gerson Tavares


A CPI da Petrobras está dando dor de cabeça para a turma do partido da “boquinha”. O presidente Luiz Inácio da Silva, logo depois que retornar do “passeio” aos Emirados Árabes, a China e a Turquia, vai se reunir com os líderes da base aliada no Senado para discutir a instalação da CPI da Petrobras na Casa.

Tudo isso deverá acontecer na próxima semana, já que Lula está preocupado com o que pode acontecer se o prestigio da estatal seja atingido. Pelo que os pares do lula dizem, é preciso investigar sem expor a empresa. Segundo o Romero Jucá, do PMDB de Roraima, os líderes têm autonomia para indicar os membros da CPI, mas que só na próxima semana esses nomes serão divulgados. Lógico que só depois que o Lula disser que “esse pode, esse não pode”.

Mas Jucá jura de pés juntos que o Lula não vai interferir na escolha dos senadores governistas que vão participar da CPI, embora o Palácio do Planalto pretenda escalar senadores alinhados com o governo para evitar surpresas e eventuais dissidências em meio às investigações.

Jucá negou ainda a história de que o governo esteja disposto a escalar sua “tropa de choque” e disse: “Não precisa de tropa de choque. Não queremos confronto, mas um trabalho produtivo. A recomendação é que a base aliada trabalhe unida e preserve a Petrobras”.

Os governistas estão trabalhando para que sejam indicados senadores “peso pesado” e alinhados com os interesses de Lula, com o objetivo de neutralizar as ações da oposição na comissão e o Jucá, que é esperto feito uma raposa, se colocou à disposição do PMDB para integrar a CPI. Enquanto isso, o PT avalia indicar a senadora Ideli Salvatti, líder do governo no Congresso, para uma das vagas da legenda.

Já o PSDB, escolheu senadores da cúpula do partido para reforçarem o time da oposição na CPI: Sérgio Guerra, presidente da legenda, Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, e Álvaro Dias, responsável pelo requerimento de criação da CPI.

Mas ao contrário da oposição, os governistas querem retardar a escolha da “turma de choque” para atrasar o início dos trabalhos da CPI.

Eu já falei, mas não custa repetir: “Quem tem, tem medo!”.

Nenhum comentário: