quarta-feira, 20 de maio de 2009

De acordo em acordo, todos se locupletam



Gerson Tavares


Os acordos entre os partidos aliados andam meio que abalados. São muitas disputas e a “base” pode rachar a qualquer momento. E foi em meio a uma tremenda queda de braço entre o PT e o PMDB, cada um querendo o maior espaço dentro do governo, que os petistas conseguiram enfiar goela abaixo do PMDB a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para ser a “grande” líder do governo no Congresso.

O PMDB que quer sempre mais chegou a sugerir o nome do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) para o cargo, mas não teve sucesso, já que a vaga já era ocupada pelo partido, quando era representado, pela ex-senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).

A Roseana saiu do cargo em janeiro, mesmo antes de assumir o governo do Maranhão, deixando a liderança vaga há quatro meses. O Valdir Raupp foi cogitado pela turma do partido, logo depois de ceder a liderança do PMDB no Senado para Renan Calheiros (PMDB-AL), mas se e intenção dele era a liderança, esqueceram de combinar com o partido da “boquinha”.

A Ideli foi indicada para a liderança, como um prêmio de consolação por ter perdido a disputa com o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado.

A liderança do governo foi aquela “compensação” no jogo do “toma lá, dá cá”. Afinal, em ano pré-eleitoral, a turma do Planalto sabe que é bem mais prudente manter a liderança do governo nas mãos do PT para evitar surpresas nas negociações do Congresso com o Executivo.

Eles se conhecem...

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