Plagiando Jorge Perlingeiro:
“Me engana que eu gosto”
Gerson Tavares
Tudo foi falado, tudo foi muito badalou, a imprensa cobrou, os humoristas fizeram a festa, senadores e deputados espernearam, se sentindo agredidos porque as verdades estavam sendo mostradas. O executivo ficou calado e quando falou, mostrou que também faz ou fez das suas.
Mas a fundação Getúlio Vargas resolveu dar uma ajuda para tentar moralizar o Congresso e apresentou uma proposta, mas que pelo visto não traz, na prática, grandes mudanças na estrutura da instituição, aliás, como havia prometido pelo presidente da Casa, José Sarney, no afã de abafar o escândalo. Apesar de o estudo da FGV recomendar a extinção de 34 diretorias no Senado, a proposta só irá transformar os órgãos com status de direção em departamentos ou sub-departamentos, mas como a turma é do “babado”, os salários atuais serão mantidos para os seus ocupantes.
A FGV identificou 41 diretorias do Senado, embora o Sarney tenha falado em mais de cem. Elas, as 41, vão ser transformadas em sete. Mas os 34 diretores que vão perder as funções de chefia irão permanecer com os mesmos salários atuais. Eles permanecerão classificados como FC-09, que quer dizer função comissionada. Lógico que este é o modo mais fácil para que eles continuem recebendo as gratificações em torno de dois mil e trezentos reais.
Mas como tudo que acontece nos governos, os setes diretores que serão mantidos em suas funções também vão ser beneficiados. Cinco deles vão ter reajustes salariais, enquanto outros dois vão manter os salários no teto dos valores pagos aos servidores da Casa. São eles, o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, e a secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra.
E assim vamos continuar pagando aquela “corja” toda, só que muitos estarão até com a mordomia de não precisarem nem sequer passar na porta da casa. E como esta é mais uma jogada para mostrar que “serviço” o Zé Ribamar falou: “Não iremos fazer disso um espetáculo, mas é uma reforma de profundidade que exige coragem e persistência”.
Realmente eles são persistentes e é preciso ter muita coragem para enganar o povo e nem ficar vermelho.
A FGV identificou 41 diretorias do Senado, embora o Sarney tenha falado em mais de cem. Elas, as 41, vão ser transformadas em sete. Mas os 34 diretores que vão perder as funções de chefia irão permanecer com os mesmos salários atuais. Eles permanecerão classificados como FC-09, que quer dizer função comissionada. Lógico que este é o modo mais fácil para que eles continuem recebendo as gratificações em torno de dois mil e trezentos reais.
Mas como tudo que acontece nos governos, os setes diretores que serão mantidos em suas funções também vão ser beneficiados. Cinco deles vão ter reajustes salariais, enquanto outros dois vão manter os salários no teto dos valores pagos aos servidores da Casa. São eles, o diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, e a secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra.
E assim vamos continuar pagando aquela “corja” toda, só que muitos estarão até com a mordomia de não precisarem nem sequer passar na porta da casa. E como esta é mais uma jogada para mostrar que “serviço” o Zé Ribamar falou: “Não iremos fazer disso um espetáculo, mas é uma reforma de profundidade que exige coragem e persistência”.
Realmente eles são persistentes e é preciso ter muita coragem para enganar o povo e nem ficar vermelho.
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