Gerson Tavares
Na sexta-feira passada eu falei, por alto, no famigerado “Cartão Corporativo”. Hoje volto a falar porque os dias passam e vamos encontrando mais trambiques com esse pedacinho de plástico tão valioso para uns poucos e tão danoso para uma maioria. Aliás, onde falei “uns poucos”, tenha certeza que são uns poucos "muitos". Mas deixa pra lá, e vamos ao "trambiqueiro" do dia, o Raimundo, porque não se pode ficar calado e ainda engolir em seco os gastos desses poderosos, que como falei, não são poucos.
E falando nesses “poucos muitos”, acima de tudo, eles não têm a menor vergonha em fazer os trambiques e agora apareceu um desses caretas, um tal de Raimundo Luiz da Silva (mas que família grande, essa tal de família Silva). e esse Raimundo, que é chefe do arquivo médico do Hospital Universitário de Brasília, disse ter feito “pequenas despesas” na empresa, Gilvana Elétrica, aliás, uma firma tem o mesmo nome da sua esposa. Nos meses de abril e setembro de 2006, ele sacou na boca do caixa do Banco do Brasil 17 mil e 700 reais para cobrir algumas despesas do hospital. Esta importância foi usada para pagar compras feitas naquela firma, a “Gilvana Elétrica”.
Para os sub-relatores Carlos Sampaio, do PSDB e Índio da Costa do DEM, houve um crime de improbidade administrativa, mas o Raimundo disse não ver a menor irregularidade nas compras. Isso dito assim até parece que não, mas ao tomarmos conhecimento que o nome da firma não é igual ao nome da sua esposa por acaso e sim porque a empresa é de propriedade do Raimundo, aí a “porca torce o rabo”.
Mesmo o Raimundo falando que não sabia que ele não podia fazer compras em sua própria loja, não dá para acreditar na honestidade do “careta”. E além do mais, se ele não tinha conhecimento que esse ato é crime, como ele pode ser chefe de setor de compras de um órgão federal?
Raimundo, você quer saber de uma coisa: “Vai roubar pra ser preso”.
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