Gerson Tavares
Antes de falar que igualdade racial tem que gerar tratamento desigual, gostaria que o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial começasse a pensar que é mais justo unificar a educação. Seria bom uma analise sobre o assunto, para ver que não é tão difícil assim.
Certo que não existe diferença entre negros e brancos e sim, entre pobres e ricos e tudo começa quando pobres não têm recursos para estudarem em escolas que lhes dê uma boa formação, gostaria de contar com o Edson Santos para pensarmos juntos em uma solução.
Pensemos: as escolas chamadas “públicas”, hoje custam muito dinheiro e de bom, nada geram. São salários de diretores, secretários, coordenadores, professores, pedagogos, auxiliares e serventes, merendeiras e mais e mais. Prédios que têm que ser conservados também custam muito dinheiro, além de luz, gás e água e o resultado na educação é muito pouco. Mas, e se todo esse dinheiro fosse revertido para pagamento de mensalidades dos alunos em colégios particulares? Não estaríamos realmente gerando a verdadeira “educação pública”?
Os prédios que hoje são mantidos pelos cofres públicos passariam a ser mantidos por particulares, os professores e funcionários passariam a ser empregados com carteiras assinadas desses particulares que passariam a matricular em igualdade de condições o aluno que o pai pode pagar a mensalidade e os que o governo irá pagar. Todos estarão em um único contesto e o ensinamento seria de igualdade a todos. Os custos para o governo seriam bem menores e a educação de melhor qualidade para todos e assim sem essa discriminação de “cotas”.
Mas será que isso seria bom para aqueles que ganham com a péssima “escola” que é dada hoje aos pobres? Muita gente vai deixar de ganhar dinheiro e até votos. Até aonde será bom para “muitos” alguns, acabar com as desigualdades?
Por isso eu pergunto ao Edson Santos que é o secretário da Igualdade Racial: não seria um bom início para dar um basta nessa história de discriminação? Quando eu falo isso é pelo fato que já senti na pele essa discriminação e que na época, só fui defendido pelo saudoso amigo Grande Otelo.
Por tudo isso, entendo que esse negócio de “cotas” para negros, indígenas, deficientes ou outra qualquer classificação discriminatória, é um grande desrespeito ao cidadão.
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