segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não estava na hora de ir,
mas ele não perdeu tempo e foi.

Gerson Tavares


A Marina Silva saiu e a vaga ficou com “sinal verde”. Lula armou logo o esquema para manter alguém da região nortista, ligou logo para Jorge Viana, mas não conseguiu convence-lo a assumir o ministério. O Sérgio Cabral, que é espertíssimo, tratou de armar a cama para o seu parceiro Minc.

Minc, que estava viajando para Paris, andou falando certas coisinhas que depois teve que engolir sem desculpas. Ele falou que não havia sido convidado e se fosse, não aceitaria o convite. Horas depois ele aceitou. Ele falou também que Sérgio Cabral fez que ele prometesse duas vezes, que mesmo que ele fosse convidado, não aceitaria e que ele prometeu de pés juntos que não iria para Brasília.

Depois ele voltou a descartar toda e qualquer possibilidade de ir para o ministério: “Vou falar com sinceridade. Não está nos meus planos. Analisar, eu analiso todas as coisas. Mas a minha posição, em princípio, é não aceitar”.

Eu já não estava aceitando todo esse papo de “cerca Lourenço”, porque todo mundo sabe que o Sérgio Cabral estava correndo “na frente” para fazer dele, Minc, ministro e aí vem com essa de “me fez jurar de pés juntos que não iria”. Vamos deixar de “papo furado” e falar sério.

Mas aí veio o pior. O Minc disse que ele já estava no avião quando Cabral ligou para ele. Ele conta: “Quando eu avisei da saída da Marina, ele disse: Você não vai para o ‘ministério’ e eu disse: Eu não. Não tem erro. Não tem a menor possibilidade. O Cabral teria dito: O Lula vai te ligar. Você nem pense nisso”.

Eu prefiro não acreditar que essa conversa não aconteceu em espaço brasileiro. Por que se isso tudo é verdade, não só o Minc errou, mas também a tripulação da aeronave, que permitiu que ele falasse ao telefone em vôo. E quanto ao Cabral falar que ele nem deveria pensar em aceitar, é uma tremenda “cascata”. O Sérgio Cabral estava era implorando mais um ministério ao Lula.

Agora, com ele já falando em usar as "forças", vamos esperar para ver se o Minc é mesmo verde ou se vai vestir a camisa vermelha dos “companheiros”.

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