Este é um nome que ninguém vai esquecer. Uns até porque têm interesses “econômicos”, mas outros porque nunca tinham visto ninguém tão esperto. Não sei se ele gosta de festa ou se gosta de ajudar os outros.
Este tal de Élvio Lima Gaspar, o petista que comanda a diretoria de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, tinha verdadeira romaria diariamente à porta de seu gabinete. Eram governadores, prefeitos e secretários de governos estaduais que até ali se dirigiam em busca de financiamento.
A carreira pública de Élvio foi alçada pelo “Partido dos Trabalhadores” do Estado do Rio de Janeiro. E foi daí, que ele, petista “carreirista”, se tornou o homem que dava aval para empréstimos no banco. Desde que assumiu a diretoria em abril de 2006, Élvio cumpre uma intensa agenda política. Além de fazer atendimentos em seu gabinete, ele participa de solenidades de assinatura de contratos de financiamento e um desses contratos que chamou muita atenção, foi o de Praia Grande. Ainda como exemplo, em dezembro do ano passado, ele participou de um ato no Estado do Paraná onde foram assinados 53 contratos, no valor de 349 milhões e 800 mil reais, para atender 41 municípios.
Estes contratos passam pelas mãos de pelo menos 30 funcionários de BNDES, mas os financiamentos não são aprovados sem o “aval” do diretor Élvio. Ele não é funcionário de carreira, mas é sempre ele que participa de todas as solenidades e ainda é ele que fala em nome do banco. O mais estranho, é que esta não é uma prática no BNDES, que é um banco de fomento e costuma centralizar na figura do presidente a função de porta-voz.
Outro fato que deixa nebuloso é o fato de Élvio acumular aquela diretoria de inclusão com a de crédito, a qual o Departamento de Risco é subordinado. Este é o departamento que avalia o financiamento. Assim, é ele, o Élvio, que encaminha e aprova tudo que quer.
E de aprovação em aprovação, o Élvio libera as verbas dos “companheiros” e ainda participa da "boca livre" das festas.
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