sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vídeo sobre CPI da Petrobrás pode derrubar relator.


 
PLANALTO PRECISA BLINDAR DILMA

Gerson Tavares 
 





Depois que a “Veja” jogou no ventilador, o Palácio do Planalto e o comando da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, montaram uma estratégia para descolar a presidente da tentativa da oposição de associá-la à possibilidade de fraude na CPI instalada no Senado para investigar irregularidades na Petrobrás. Claro que não é a oposição que está colocando a Dilma no caso e sim, a Dilma está no caso, ou por sua irresponsabilidade de assinar sem ver, ou por que está enfiada na “cachorrada” até ao pescoço. Já que existe essa dúvida, a denúncia de que depoentes da CPI receberam com antecedência as perguntas, como foi publicado pela revista “Veja”, tudo foi desqualificado pelo Planalto.

Só que existe oposição para representar a parte da população que quer a verdade, então, integrantes da oposição, que neste caso tem a companhia de parte da base aliada, admitem que essa situação vá levar à destituição do senador José Pimentel (PT-CE) da relatoria da CPI.

O tucano Aloysio Nunes, que é candidato à vice-presidente na chapa de Aécio Neves, falou do problema: “A providência a ser tomada é o afastamento do relator que, até que se esclareça esse assunto, está sob suspeita de ser um dos participantes da farsa”.

Claro que do lado do Planalto, também tem gente “fabricando saídas” para o problema que eles criaram. Após muitas reuniões e trocas de telefonemas, a Secretaria de Relações Institucionais, chefiada por Ricardo Berzoini, divulgou nota para negar as informações de “Veja”. Está lá, na revista “Veja” que Paulo Argenta, assessor especial do ministério, teria sido um dos responsáveis pela preparação das questões.

Estão, é ordem no Planalto e na campanha de Dilma, bater na tecla da “disputa política” e da “armação” engendrada pela mídia para tentar vincular a presidente a um escândalo. O discurso oficial é que a CPI sempre foi um “assunto do Congresso”.

Segundo a revista, integrantes do governo e senadores do PT treinaram depoentes da CPI, “vazando” as perguntas que seriam feitas e combinando as respostas. Um dia antes do depoimento de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás, ele e o relator José Pimentel teriam acertado quais seriam as perguntas e respostas. O mesmo esquema teria sido usado com a atual presidente da empresa, Graça Fortes, e com Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional.

Não podemos esquecer que a CPI foi criada após o jornal “O Estado de São Paulo” revelar que Dilma votou favoravelmente à compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena, no Texas, quando era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. Lembre-se que, ao jornal, Dilma informou que “só aprovou a transação porque recebeu ‘informações incompletas’ de um parecer”.


Como ela mesma falou, Dilma é no mínimo irresponsável, mas há quem garanta que ela é mesmo, a segunda figura da “quadrilha petista”.

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