sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Deputado acusado de corrupção admite ter R$ 100 mil em casa.


RODRIGO BETHLEM

ESTÁ NO BARCO

Gerson Tavares
 







Para qualquer lado que você olhe, sempre encontra algum ‘bandido’. E o deputado federal Rodrigo Bethlem, do PMDB, não fugiu à regra e acabou sendo acusado de corrupção. Em gravações feitas pela ex-mulher Vanessa Felippe, declarou à Justiça ter guardados em casa R$ 100 mil em dinheiro vivo. A quantia se destaca na relação de R$ 438.843,97 em bens apresentada pelo parlamentar ao registrar sua candidatura à reeleição no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. É o segundo item mais valioso da lista, atrás apenas de uma aplicação de R$ 119 mil em ações de Vale. Bethlem foi um dos secretários mais próximos do prefeito Eduardo Paes, do PMDB, com quem começou na política, nos anos 90, sob liderança do então prefeito Cesar Maia, que hoje está filiado ao DEM.

E como o pior inimigo é a ex-mulher, imagens feitas secretamente por Vanessa mostram a hora que ela recebe, em dinheiro, o pagamento de pensão, ‘presumivelmente’ enviada por Bethlem por meio de um assessor do parlamentar. Seriam R$ 20 mil em notas de R$ 100, que ela conta diante da câmera. Mas até aí nada de mais, pois ele pagava para ter tranquilidade, mas em gravações divulgadas pelas revistas "Época" e "Veja" no fina da semana passada, Bethlem, em conversa com Vanessa, aparece, em gravação supostamente feita em 2011, admitindo receber comissões ilegais de cerca de R$ 85 mil mensais pelo pagamento de contratos que firmou na Prefeitura e declara ter uma conta bancária na Suíça.

Naquele momento ele lembra uma discussão anterior com a Vanessa, sobre legalização da pensão. Vanessa exigiria que tudo fosse oficializado: "Eu falei: 'Vanessa, no papel eu não vou colocar porque não há condições de colocar isso no papel. Eu assinar isso significa que vou fazer a confissão de um crime, que eu não fazer nunca'". Esta declaração está lá na gravação.

Depois desta publicação, Rodrigo divulgou um comunicado em seu site oficial e nas redes sociais em que afirma que as acusações "são infundadas". Diz ainda que "a própria autora adiantou-se em desmenti-las, alegando tê-las feito num momento de grave confusão mental, que resultou em três tentativas de suicídio". Bethlem também divulgou imagens de declaração escrita de Vanessa e de um atestado assinado pela psiquiatra Rosaria Gomes.  A médica fala no documento de um tratamento ao qual a denunciante estaria se submetendo, porque sofreria de "transtorno de personalidade borderline".


A loucura sempre é uma grande cartada para esconder as verdades. Por que não neste caso? 

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