sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Janot pede abertura de investigação contra Bethlem


BETHLEN ESTÁ EM APUROS

Gerson Tavares
 




Nunca brigue com a mulher que conheça os seus segredos porque você acaba se dando mal. Por não acreditar nessa afirmação, o deputado Rodrigo Bethlen andou falando com a sua atual ex-mulher que tinha renda mensal de cerca de R$ 100 mil, quando recebia salário de R$ 18 mil mensais. Pronto, entregou a chave da cadeia nas mãos da ex.

Agora, depois da separação, ela “colocou a boca no trombone” e depois de algumas colocações, já há suspeita de que o parlamentar tenha recebido propina de cerca de R$ 80 mil mensais da ONG Casa Espírita Tesloo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de abertura de investigação criminal contra o deputado Rodrigo Bethlem, que faz parte do PMDB do Rio de Janeiro, que foi mostrado em vídeos nos quais admite receber comissões ilegais de ONGs prestadoras de serviços à prefeitura do Rio.

E a coisa está preta para o “filhote” do Paes e do Cabral, pois em documento de quatro páginas enviado no dia 30 de julho ao Supremo pela Procuradoria Geral da República, Janot sustenta que há indícios de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Tudo porque em gravações feitas pela ex-mulher, Vanessa Felippe, Bethlem revela que tem uma conta bancária na Suíça, não informada à Receita Federal. Rodrigo falou à ex-mulher ter renda mensal de cerca de R$ 100 mil, quando recebia salário de R$ 18 mil mensais. Existe a suspeita de que o parlamentar tenha recebido propina de cerca de R$ 80 mil mensais da ONG Casa Espírita Tesloo, que tinha uma série de contratos com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que só por acaso, era comandada por Bethlem entre 2011 e 2012. Essas gravações foram feitas por Vanessa naquele período e foram divulgadas agora pelas revistas "Época" e "Veja".

Bethlem, nem pensou duas vezes e tratou de anunciar a desistência de concorrer à reeleição este ano, só que não abriu mão do mandato de deputado. Claro que essa atitude tem suas razões que são a de não perder o foro privilegiado e só poder ser investigado criminalmente pela PGR e julgado pelo STF, a quem cabe autorizar ou não a abertura de inquérito criminal.

Mas o procurador já pediu a quebra de sigilo fiscal de Bethlem e da Tesloo. Solicita ainda ao Supremo que peça à Polícia Federal informações sobre viagens do deputado ao exterior nos anos de 2010 e 2011. Bethlem também será investigado pela Câmara dos Deputados, a pedido do PPS e do PSOL, mas neste caso, vejo que os partidos estão querendo “pegar carona”, já que estamos com as eleições batendo à porta e tudo que der para explorar para os seus candidatos, os partidos não perdem oportunidade.


Agora, que o Bethlen é ladrão, isso já não há a menor dúvida.

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