Vergonha nacional

Gerson Tavares

Este é um governo que sempre esteve nadando na lama dos escândalos. Desde o primeiro mandato de Lula que as coisas acontecem e sempre tudo foi colocado debaixo do tapete do “salão oval”. Ali onde Lula se reúne com a sua “quadrilha”, tudo que há de errado vai para o esconderijo e como quase tudo que eles fazem sempre tem algo de podre, já não há mais lugar para esconder escândalos.

Agora com a Erenice assumindo todos os riscos para os desmandos dos petistas, a coisa parece que extrapolou e já não dá mais para segurar. A primeira medida foi “afastar” a “caixa dois” da Dilma para tentar esconder o restante das maracutaias, mas pelo visto não deu para segurar muito tempo. A bomba começou a dar sinal de perigo um pouco antes da hora, quer dizer, um pouco antes da eleição.

As “mutretas” da Casa Civil já aconteciam há muito tempo, mas sempre o Lula teve as rédeas nas mãos e conseguia contornar os escândalos, nem que para isso tivesse que arranjar outro escândalo para encobrir aquele. Desde o período de José Dirceu que a Casa Civil tem status de COVIL, o reduto das serpentes. Ali tudo acontece sob as bênçãos do presidente Lula. E assim chegou às mãos de Dilma Rousseff, a “guerrilheira” que até hoje manda na Casa. Sua “escudeira” Erenice Guerra nunca mandou em nada, mas soube tirar partido de sua condição de “laranja’ e colocou toda a família para “meter a mão”.

Desde os tempos do escândalo do mensalão, tudo começou nos Correios. Em 2005 a CPI dos Correios descobriu que a maioria dos franqueados tinham padrinhos políticos. E até hoje, pelo que parece, é ali que as “negociatas” começam. Agora Lula quer segurar o escândalo para chegar até as eleições sem desgaste para Dilma, a mentora de todas as trapalhadas. Sob o comando de Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, a “turma do abafa” vai tentar isolar Erenice Guerra e assim tirar o foco da Dilma.

Pelo que deu para entender, até o dia 3 de outubro nada mais pode acontecer, mas se a eleição for para um segundo turno, aí a sopa pode entornar. Ninguém irá segurar por muito tempo essa mixórdia que está acontecendo lá palas bandas do Planalto.