sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Constrangimento é “onda”


Gerson Tavares



Uma boa desculpa é falar que tudo não passa de “crime comum”. Algum “funcionário” para ganhar uma “grana” andou distribuindo “dados sigilosos” para quem fosse ao balcão da Receita Federal. Os dados eram vendidos ali, como “pinga” em balcão de boteco.

Mas realmente é muito mais cômodo para o governo apresentar assim a desculpa do vazamento de dados. Um funcionário, no caso duas funcionárias, vendia os “dados” e ninguém mais sabia de nada. Mas por que será que, se a Receita Federal nada tinha a esconder e já estava investigando a mais de dois meses o “crime comum”, só deixou vir a público o escândalo, depois que a Justiça praticamente obrigou.

Agora vamos ficar com a hipótese de que Antonia Aparecida dos Santos e Adeilda Leão estivessem realmente vendendo informações a quem lá comparecesse. Pelas pessoas que tiveram os seus dados violados, é fácil chegar à conclusão que os únicos interessados na divulgação daqueles nomes são os partidários de Lula e Dilma. E como eles são acostumados a esses atos...

E é aí entra o Otacílio Cartaxo, secretário da Receita Federal, para falar que não pode acreditar que esse ato tenha motivação eleitoral. Lógico, Cartaxo é petista “desde a época em que pensou em não trabalhar mais” e se ficar provada a culpa dos seus “chefes”, seu emprego de “não fazer nada” já era. Daí ele resolveu admitir um “balcão de vendas de sigilos” e assim, se alguém vai sofrer alguma punição, ele tem garantias que não é ele.

Antonio Carlos da Costa D’Ávila, corregedor-geral falou que a tesoureira do esquema era a Adeilda Leão, mas pelo visto o “leão” desta feita levava o dinheiro direto para as contas dos “vendedores de sigilos”. Só que essa informação deixa muito a desejar. E para terminar aqui fica uma interrogação: “E quem comandava a Adeilda?”.

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