terça-feira, 7 de setembro de 2010

Criminosos são Lula, Mantega
e todos os falsos trabalhadores

Gerson Tavares


O atual governo federal mostrou que a pouca vergonha é desenfreada lá pelas bandas do gabinete do presidente Lula da Silva. Quando a única atitude decente seria demitir o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, o Lula da Silva mandou avisar na sexta-feira ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que a Polícia Federal assuma integralmente a investigação das violações de sigilo fiscal dos políticos e familiares de tucanos aliados do presidenciável do PSDB José Serra. Mas quando Lula tomou essa atitude, não pensem vocês que é para encontrar o verdadeiro culpado e sim, para que a Receita fique sozinha com o processo disciplinar para com os seus funcionários.

Esta atitude tem como meta preservar Dilma Rousseff na disputa eleitoral. Uma exoneração de Otacílio Cartaxo hoje poderia trazer prejuízo para a Dilma na disputa eleitoral entre PT e PSDB. Os assessores da Presidência estão espalhando o boato que a candidata Dilma Rousseff (PT) está enfrentando um "golpe eleitoral" e o Lula demitir Cartaxo era o mesmo que reconhecer o erro petista.

Quando Lula resolveu com sua “gang” concentrar a investigação na Polícia Federal, eles partiram do princípio de que como a instituição policial ainda tem credibilidade, pode parecer para o eleitor que Lula quer apurar o caso e ainda tem a vantagem de tirar o foco da suspeição de cima da Receita Federal.

Agora, quando estão sozinhos no Planalto, no Ministério da Fazenda e até mesmo somente entre líderes da base aliada no Congresso, eles reconhecem que com esse golpe de “quebra de sigilo”, a Receita fez o governo petista passar vergonha. Ainda mais quando Lula, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e ainda o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), apregoaram ao longo de toda a quarta-feira da semana passada que a Receita tinha um documento que "explicaria tudo" e aí veio a público que aquele “documento” ao qual eles se referiam, não passava de uma procuração porcamente falsificada, o único documento que provaria que o acesso às declarações de Imposto de Renda de 2008 e 2009 de Verônica Serra, não foi uma violação de sigilo fiscal.

A coisa ficou feia quando veio à imprensa a notícia que a Receita tinha indícios suficientes para suspeitar da procuração, mas mesmo assim fez questão de apresentá-la como um documento verdadeiro. E depois de receber informações da comissão de sindicância que apontava para a suspeita, mesmo assim continuaram com a mentira na tentativa de montar uma operação de “abafa” do escândalo e assim evitar um impacto político na campanha de Dilma.

Diante das pressões, Cartaxo chegou a falar em demissão, mas por ordem superior disse que tal fato seria uma decisão exclusiva do ministro. Horas depois coube ao Mantega usar uma frase que não definia a posição do governo. Em vez de negar categoricamente a demissão, afirmou apenas: "Não estou cogitando fazer isso".

Só que todos sabem que quando o Mantega falou esta frase, foi exatamente por saber que ele não tem o direito de cogitar nada. Mantega só tem o direito de obedecer. É aquela velha frase de brincadeira infantil: "tudo que seu mestre mandar, faremos todos".

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