quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trocando oito por meia dúzia



Gerson Tavares



Já falei na sexta-feira sobre tudo que o Paulo Bernardo arrecadou para a campanha política de sua mulher, a hoje ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que concorreu a uma cadeira no Senado Federal. Dinheiro não faltou para fazer a “primeira-dama do ministro” se eleger tranquilamente senadora pelo estado do Paraná.

Então chegou à hora de ver como foi essa arrecadação, os valores e quem colocou o dinheiro, apostando na vitória da novata Gleisi. Quanto ao valor arrecadado, chegou à casa do R$ 7.979.322,30, uma importância de dar inveja à muitos candidatos de capitais bem mais valorizadas politicamente. Quanto aos gastos com a campanha, também foram expressivos, chegando à casa dos 7.944.235,19, quase chegando à arrecadação. Até aí tudo legal. Gastou quase todo o dinheiro e o troco só deu mesmo para um jantar romântico com o cabo-eleitoral preferido.

E foi olhando tudo o que foi arrecadado pelo seu adversário, Roberto Requião, que chegou à casa dos R$ 3 milhões e ainda do tucano que arrecadou R$ 2,1 milhões, que eu cheguei à conclusão que ela é muito querida mesmo no Paraná.

Mas como esmola de mais deixa um certo "grilo", resolvi olhar o outro lado da arrecadação e ver quem tinha doado o dinheiro e foi aí que vi que o Paulo Bernardo deve ter funcionado com ministro que é. Vamos à lista? Então vejamos: Camargo Correa doou R$ 1 milhão, OAS doou R$ 780 mil, a CR Almeida, nanica como ela é, doou R$ 250 mil. E na casa dos R$ 250 mil também aparecem a UTC Engenharia e a IBQ Indústria Química.

Segundo dados do próprio Tribunal Superior Eleitoral, os principais doadores da campanha da Gleisi Hofmann, mulher do ministro Paulo Bernardo, foram empreiteiras com contratos com o governo federal.

Desculpem-me, mas isso tem um nome: “Tráfico de Influência”!

2 comentários:

Anônimo disse...

Está difícil de saber o que é tráfico de influência para essa turma. Para eles tudo vale, para nós, só o silêncio.
João Carlos Pereira Santos
Cuiabá

Anônimo disse...

Enquanto o Brasil estiver nas mãos dessa turma, vamos ver muitos desses casos. Eles têm fome e não sabem até quando terão a chave do cofre nas mãos.

Dolores Franco
Campo Grande