quinta-feira, 23 de junho de 2011

Política e corrupção IV


E assim, com a corrupção como tema para os atos dos políticos, hoje peguei no pé do Rio de Janeiro, mas para mostrar que “esta praga” faz morada no país inteiro. O Rio de Janeiro está servindo de vitrine para que eu fale da corrupção que tomou conta da política nacional.

A própria Delta, a empresa do Fernando Cavendish (foto), ela trabalha para os três níveis de governo no país. Embora ela tenha sido a empreiteira que mais recebeu recursos de obras do governo federal em 2010, mas é no Rio de Janeiro onde ele tem o maior número de obras faraônicas, servindo como belo exemplo as obras que está sendo executada no Palácio da Justiça, obras essas, que deixariam o juiz Nicolau dos Santos Neto de "queixo caido". Mas ainda existem muitas outras em andamento, em um número exagerado de canteiros de obras.

Muitos dizem e eu acredito, que o José Dirceu tem um grande poder de negócio com prefeituras e estados e lógico com o governo federal em favor da Delta. Todos em Brasília sabem que negociata sem Dirceu e uma negociata sem lucro. Só para se ter ideia da força que tem a Delta no estado do Rio de Janeiro, a empresa Delta tem, só neste ano de 2011, um quarto de seus negócios com o governo, sem necessidade de licitação, pacote esse que chega à “mixaria” de mais de 58 milhões de reais. Mas a explicação está sempre na contracapa do processo, já que o Fernando Cavendish, dono da Delta, é “grande” amigo de Sérgio Cabral, governador do Rio. Não podemos esquecer que tudo está neste crescimento todo porque com a aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas, as obras vão correr na base do “vai da valsa”.

Mas por hoje chega. Depois de falar em tanta pilantragem, volto para a paz desse dia santificado. Bom dia de Corpus Christi, com muita paz e orações pelas almas danosas desses políticos e empresários que ficam cada vez mais ricos roubando o pobre povo.

Um comentário:

santossilva disse...

Ao passar pelo Castelo encontro mil problemas para atravessar alí perto do prédio velho da Justiça, que aliás está em obras também, para a Praça Quinze, onde tomo a lancha para Niterói.
Fico triste quando vejo aquelas obras, que como você fala muito bem, são todas faraônicas, com a construção de tantos prédios em que está se transformando a região. A Justiça de todo o estado do Rio vai poder trabalhar alí naqueles prédios e ainda vai sobrar sala vazia. E cada prédio mais luxuoso que o outro.
Aquilo é coisa das Arábias mesmo.
Podemos tranquilamente trocar os juizes e ministros por faraós que eles vão se sentir em casa.
E como lembrou você, o Niocolau dançou por uma pequena soma de dineiro, perto daquilo que a Delta, a empresa do 'amigo quase irmão' do governado, está levando agora do governo Rio de Janeiro.
Quando isso terá fim?

Angêla Maria Santos Silva
Niterói