Ao mudar governo, Dilma se rende à realidade
Dilma e Ideli querem mostrar outra cara do governo, mas dizem os entendidos, que vai ser difícil
Depois da tempestade veio uma aparente calmaria e no momento em que realizava a reunião da primeira minirreforma ministerial para refazer caminhos mais retos com os partidos aliados e com o Congresso, a presidente Dilma Rousseff deu na segunda-feira, sinais claros de que vai dar início a uma nova forma de governar em que a política, e não mais só aquele perfil gerencial como ela sempre quis demonstrar, será agora sua meta.
Como ele descobriu que não mete medo a ninguém, Dilma aproveitou a posse dos ministros das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Pesca, Luiz Sérgio, para dar o aviso que de agora em diante buscará consensos no Congresso e no Judiciário para aprovar propostas de interesse do governo.
Chegou a hora de dar um passo atrás. Nessa crise “Palocciana”, Dilma sentiu que não tem a força que pensava ter.
Um comentário:
Dilma tremeu. Só agora ela descobriu que ser político é muito diferente de ser baderneiro. Assaltar, sequestrar, quebrar e queimar as coisas não precisa de ordem, é fácil. Mas para governar, mesmo que seja uma casa, precisa estar tudo ordenado. Depois de um assalto, se der certo é só fugir, se não der certo, fugir também. Mas governar, se não der certo a coisa é bem diferente. Tem que ser acima de tudo, cidadão.
Mas infelizmente nos dias de hoje na nossa política os cidadãos são muito difíceis de se encontrar.
São quase todos como a Dilma, como o Lula, pessoas que querem fazer aquilo que dá na telha para ver se vai dar certo.
E se não der, azar do povo.
Mario Lúcio Vargas
São Paulo
Postar um comentário