quinta-feira, 16 de junho de 2011

Prometeu e não tem como pagar



Cabral mentiu para acalmar os bombeiros


Pelo menos o Sérgio Cabral não pode falar que não prometeu dar aumento aos bombeiros. Todo mundo ouviu quando para dar fim aos problemas vergonhosos pelos quais o governo do Estado estava passando, Cabral não pestanejou e saiu prometendo e quem, naquele momento, passasse à sua frente, já era logo incluído na lista dos beneficiários dos aumentos.

Mas como bombeiro é herói, mas não é santo, agora ele está cobrando a promessa. E foi aí que o Sérgio Cabral veio com uma desculpa sem vergonha, ao falar que o estado não tem dinheiro.
Cabral afirmou nessa terça-feira que, mesmo com o compromisso que ele assumiu de melhorias de salários para os bombeiros, o número elevado do efetivo, que chega a dezesseis mil, está dificultando o pagamento da promessa de um aumento tão significativo como o que os grevistas pediram.

Só esquece o Cabral, que os bombeiros não eram grevistas e sim, quando de folga, faziam os movimentos por aumento. Esquece o Cabral que ele, no caso o governo do Estado, custou muito a sentar para conversar com aqueles que só pediam o que lhes é de direito, que é uma condição melhor de vida.

Cabral diz que o efetivo do Corpo de Bombeiros do Rio é o maior do Brasil. Mas por que será que ele só fala que o efetivo é o maior, mas não fala em momento algum que o salário é o menor do Brasil?

Mas como Cabral não tem palavra, muita coisa ainda pode acontecer até o verdadeiro aumento chegar. Até quem sabe, um novo governador e, se Deus quiser, que more no Rio e não em Paris.

Um comentário:

Carlos disse...

Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso

Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.