Política e corrupção II

Como a viagem tinha como tema principal festejar o aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta Engenharia, a trupe era muito grande e um helicóptero “esquilo” não era suficiente para levar a todos. É nesta hora que se vê quem é amigo e foi então que o Eike Batista entrou para à história. O governador Sérgio Cabral era um dos convidados e Eike não se fez de rogado e mais que rápido emprestou seu avião, um jatinho "Legacy", para que todos fossem para Porto Seguro com mais conforto.

O empresário Eike não estava fazendo nada mais que um favor ao amigo, que por acaso é governador. Mas o governador, por uma questão de ética, não poderia estar recebendo tantos favores de “amigos” num simples final de semana. Eike disse que tudo que faz é com seu dinheiro, mas esquece ele, que com certos “favores” que presta, recebe benesses dos governos, tais como em alguns “acertos”, isenção de impostos e ainda outras facilidades mais.

Mas a coisa não parou por aí, aliás, foi bem além de qualquer expectativa. Sabe aquele ex-doleiro que, pelo menos até agora é criminoso no estado que é governado pelo Cabral e que pilotava o helicóptero de sua propriedade, estava com seu registro de piloto vencido há seis anos? Ele pilotou do Rio de Janeiro para a Bahia, decolando do heliporto da Lagoa, com identidade falsa e tudo passou com se fosse normal.

E o governador ali, participando de tudo como se “fosse normal”. E é aí que eu fico na dúvida: será que a corrupção está tomando conta dos políticos ou os políticos precisam da corrupção para se manter?

Por isso a estória vai continuar..