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Obrigado uma ova!

Dilma pediu, mas na hora do troco quer que fiquem caladinhos

Esta é uma história antiga, daquela que você pede uma coisa quase impossível e depois agradece e escuta como resposta: “Obrigado uma ova... vai baixando as calcinhas”. E agora quem está nessa situação é a presidente Dilma Rousseff, que para segurar o Congresso pediu, implorou para que não fizessem mal ao governinho sem vergonha que ela está comandando e agora está com as calças nas maãos.

A turma que está, tanto na Câmara como no Senado, nunca joga para perder e, como Dilma tem uma moeda de troca que é de interesse de todos, ela tratou de salvar o Palocci de um interrogatório, interrogatório esse, que poderia deixar muita gente de "em maus lençóis". Entre esses que não podiam nem pensar em Palocci sendo “perguntado”, estavam à própria Dilma e o seu inventor Lula.

Dilma foi bem servida em suas necessidades e agora chegou aquela enorme conta para ser paga e ela não tem como recusar. A nova ministra de Relações Institucionais, a Ideli Salvatti, depois de uma reunião de emergência que teve na terça-feira, tentou conter a insatisfação da base aliada na Câmara, que se vê no direito de exigir 50% das emendas parlamentares que estão aprovadas para este ano, que equivale a uma “mixaria” de três milhões e trezentos mil reais.

Como o governo só liberou 5% do valor de todas as emendas parlamentares, a grita é grande e já tem gente querendo agora não mais ouvir o Palocci, mas sim, a cabeça da Dilma.
E como o Congresso trabalha em conjunto, o Senado já está de orelha em pé e o descontentamento que também é grande pode mudar novamente o semblante da turma do Planalto, que depois da saída de Palocci já se sentia aliviado.

Mas como em política, todo aquele que dá, também quer comer, já tem gente lá no Planalto andando de costas para as paredes.