Dilma se acerta com “os cafajestes”

Dilma e Collor em momento de muito amor

“O segredo é a base da negociata”. E é exatamente assim que tudo será daqui para frente., com a presidente Dilma Rousseff patrocinando no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais. Segundo a nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o governo vai se posicionar assim para atender a uma reivindicação dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), integrantes da base governista e grandes interessados em esconder o passado.

Esta mudança tem uma razão muito importante, afinal, tanto Sarney como Collor, embora não tenham um presente muito recomendável, o passado bem mais sujo que pau de galinheiro. Alás tudo que eles já fizeram são coisas que todo mundo sabe, mas sem divulgação acaba caindo no esquecimento.

Com um projeto enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio em 2009, no ano passado a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de sigilo. Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em no máximo 50 anos e é exatamente essa limitação que eles pretendem agora derrubar.

E a Ideli, que já começa “os trabalhos” arranjando a Casa como é de interesse dos “pilantras”, falou do assunto: “O que gera reações é uma emenda que foi incluída pela Câmara. Vamos recompor o projeto original porque nele não há nenhum ruído, nenhuma reação negativa".

O negócio deles é não fazer onda, senão a merda se espalha.