TERRORISMO GERAL
Gerson Tavares
Voltando ao assunto de ontem, quando
começamos a falar do “terrorismo tupiniquim”, a líder do PCdoB, deputada eleita
pelo Rio de Janeiro, Jandira Feghali, que neste caso faz parte de outro time, disse
que a proposta de lei é muito genérica e poderia enquadrar comportamentos que
não seriam considerados terrorismo ao tratar de questões como a paz pública e
outros termos sem definição específica.
Então a Jandira colocou: “Uma
manifestação que impeça que as pessoas cheguem ao trabalho é terrorismo?
Incendiar um ônibus por protesto de crime de Estado é terrorismo? Saquear um
supermercado é crime, mas pode ser também um crime de fome, isso é terrorismo? Ocupação de
moradia de prédio abandonado é crime de terrorismo? Com o nível de generalização
deste texto, tudo cabe”.
E foi então eu resolvi colocar a minha
posição. Será que uma manifestação que impeça o ir e vir do trabalhador, não é
terrorismo e sim, uma atitude irresponsável? Incendiar um ônibus pode ser
várias coisas e até mesmo terrorismo, mas normalmente é em defesa dos
traficantes quando a polícia faz alguma incursão em comunidades ou então quando
o sindicato dos trabalhadores em transportes coletivos manda. Saquear
supermercado dificilmente chegará à casa do terrorismo. Em sua maioria dos
casos, são aproveitadores que incitam as pessoas a matarem a fome, mesmo
sabendo que de forma ilícita. Ocupação de prédios abandonados sempre, eu disse
“sempre”, é um meio de alguém levar vantagem ao final da confusão.
Foi então que resolveram incluir
vários casos que poderão dar votos e assim resolver o problema da maior
“quadrilha” que está mandando no país. Pelo texto, o terrorismo, como já falei
ontem, é tipificado pela sua prática por um ou mais indivíduos de atos com a
finalidade de intimidar Estado, organização internacional ou pessoa jurídica,
nacional ou estrangeira, ou representações internacionais; assim, com a
intenção de coagi-los, a agir ou a se omitir, provocando terror social ou
generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública e a
incolumidade pública.
Só que para esconder o que vem a ser o
“verdadeiro terrorismo”, os deputados ainda aprovaram, por 362 votos a 85,
emenda aglutinativa apresentada pelo relator do projeto reincluindo na
definição de terrorismo que sua prática também inclua motivações como
xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião.
Estão de brincadeira esses
“quadrilheiros” que teimam em se manter nas Casas Governamentais. Claro que foi
depois dessa colocação de “classes” que precisam sempre estar bem e políticos
que precisam estar entre aqueles, que colocaram com terrorismo assuntos que
nada mais são, que “falta de dignidade e educação”. O que tem haver preconceito
com terrorismo?
Terrorismo é fazer crimes hediondos
como roubar dinheiro da comida do povo, é roubar dinheiro da Educação, da
Saúde, da Segurança. Terrorismo é deixar o povo sem hospitais, sem colégios, terrorismo é roubar ou deixar roubar o dinheiro do povo. Terrorismo
fazer todas as “diabruras que um ‘desgoverno” faz para ao final, se tudo der
certo, ir às escondidas para o exterior e gozar as delícias de viver uma vida
tranquila, mesmo sabendo que o povo está sofrendo por não ter sido respeitado.
E se por acaso seu desmandos ao final
não derem resultados, o terrorista sai por aí assaltando, saqueando e até
sequestrando autoridades estrangeiras. Isso sim é terrorismo e qualquer dúvida
é só perguntar a Dilma Rousseff como se faz. E não se esqueçam de perguntar
também como fazer para depois disso tudo, “abocanhar” uma “bolsa ditadura”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário