quinta-feira, 20 de agosto de 2015

TERRORISMO GERAL

Gerson Tavares
 







Voltando ao assunto de ontem, quando começamos a falar do “terrorismo tupiniquim”, a líder do PCdoB, deputada eleita pelo Rio de Janeiro, Jandira Feghali, que neste caso faz parte de outro time, disse que a proposta de lei é muito genérica e poderia enquadrar comportamentos que não seriam considerados terrorismo ao tratar de questões como a paz pública e outros termos sem definição específica.

Então a Jandira colocou: “Uma manifestação que impeça que as pessoas cheguem ao trabalho é terrorismo? Incendiar um ônibus por protesto de crime de Estado é terrorismo? Saquear um supermercado é crime, mas pode ser também um crime de fome, isso é terrorismo? Ocupação de moradia de prédio abandonado é crime de terrorismo? Com o nível de generalização deste texto, tudo cabe”.

E foi então eu resolvi colocar a minha posição. Será que uma manifestação que impeça o ir e vir do trabalhador, não é terrorismo e sim, uma atitude irresponsável? Incendiar um ônibus pode ser várias coisas e até mesmo terrorismo, mas normalmente é em defesa dos traficantes quando a polícia faz alguma incursão em comunidades ou então quando o sindicato dos trabalhadores em transportes coletivos manda. Saquear supermercado dificilmente chegará à casa do terrorismo. Em sua maioria dos casos, são aproveitadores que incitam as pessoas a matarem a fome, mesmo sabendo que de forma ilícita. Ocupação de prédios abandonados sempre, eu disse “sempre”, é um meio de alguém levar vantagem ao final da confusão.

Foi então que resolveram incluir vários casos que poderão dar votos e assim resolver o problema da maior “quadrilha” que está mandando no país. Pelo texto, o terrorismo, como já falei ontem, é tipificado pela sua prática por um ou mais indivíduos de atos com a finalidade de intimidar Estado, organização internacional ou pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, ou representações internacionais; assim, com a intenção de coagi-los, a agir ou a se omitir, provocando terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública e a incolumidade pública.

Só que para esconder o que vem a ser o “verdadeiro terrorismo”, os deputados ainda aprovaram, por 362 votos a 85, emenda aglutinativa apresentada pelo relator do projeto reincluindo na definição de terrorismo que sua prática também inclua motivações como xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião.

Estão de brincadeira esses “quadrilheiros” que teimam em se manter nas Casas Governamentais. Claro que foi depois dessa colocação de “classes” que precisam sempre estar bem e políticos que precisam estar entre aqueles, que colocaram com terrorismo assuntos que nada mais são, que “falta de dignidade e educação”. O que tem haver preconceito com terrorismo?

Terrorismo é fazer crimes hediondos como roubar dinheiro da comida do povo, é roubar dinheiro da Educação, da Saúde, da Segurança. Terrorismo é deixar o povo sem hospitais, sem colégios, terrorismo é roubar ou deixar roubar o dinheiro do povo. Terrorismo fazer todas as “diabruras que um ‘desgoverno” faz para ao final, se tudo der certo, ir às escondidas para o exterior e gozar as delícias de viver uma vida tranquila, mesmo sabendo que o povo está sofrendo por não ter sido respeitado.

E se por acaso seu desmandos ao final não derem resultados, o terrorista sai por aí assaltando, saqueando e até sequestrando autoridades estrangeiras. Isso sim é terrorismo e qualquer dúvida é só perguntar a Dilma Rousseff como se faz. E não se esqueçam de perguntar também como fazer para depois disso tudo, “abocanhar” uma “bolsa ditadura”.


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