NÃO EXISTE DEFESA MAIOR
QUE AQUELA ACORDADA
Gerson Tavares
Continuando
na “ordem do dia”, ontem falei sobre a Maria Thereza, aquela que está se
desdobrando em defesa de “bandidos” quanto as investigações sobre o esquema
que desviou recursos da Petrobras. Então o ministro Gilmar Mendes falou que "não
se cuida em transportar para o Tribunal Superior Eleitoral análise de todos os
fatos apurados na operação Lava Jato, mas busca-se tão somente verificar se, de
fato, recursos provenientes de corrupção na Petrobras foram ou não repassados
para a campanha presidencial".
Ele ainda citou
que os depoimentos prestados por três delatores da Lava Jato: o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o
empreiteiro e dono da UTC, Ricardo Pessoa. Ao citar os desvios de 3% dos
contratos da Petrobras para o esquema que envolvia empreiteiras e políticos, Gilmar disse que "não é difícil adivinhar que parte desses recursos pode
ter vindo para a campanha. As triangulações têm sido reveladas e isso precisa
ser no mínimo investigado". É isso que eu venho falando desde que tudo
isso veio à tona.
E o Gilmar
Mendes disse ainda que a Justiça eleitoral "não pode ficar indiferente a
esse tipo de exame ou liminarmente indeferir um pedido que busca esclarecer.
Não se trata de cassar mandato aqui, mas de ver o que ocorreu". O
magistrado pediu ainda que Ricardo Pessoa seja ouvido para esclarecer o caso.
"Imagine que se possa demonstrar a partir do depoimento desse senhor
Ricardo Pessoa, que os R$ 7 milhões que sua empresa doou foram claramente fruto
de propina?". Mas parece que a Maria Thereza já tinha certeza que isso
poderia acontecer e assim sendo, ela achou melhor jogar tudo lá no fundo da
gaveta.
Já o ministro
Luiz Fux elogiou o voto de Gilmar Mendes e disse que talvez tivesse votado
diferente no ano passado, quando o Tribunal aprovou as contas de campanha de
Dilma, devido ao aparecimento de novos fatos envolvendo a Lava Jato. E falou
tranquilo: "Se muitos de nós soubéssemos o que sabemos agora, nem teríamos
acompanhado o relator que aprovou as contas com ressalvas".
E já que
falei do Gilmar Mendes, não posso deixar passar da prisão do ex-ministro e atual
“perigoso bandido” José Dirceu. Ao fundamentar a detenção do “laranja do Lula”,
o juiz Sérgio Moro falou em "lavagem de dinheiro". Sobre isso, o Gilmar
afirmou que o argumento apresentado pelo PSDB, acompanhado de "mínimo
suporte probatório pode, sim, qualificar-se como abuso de poder econômico, o
que, a meu ver, justifica a necessária instrução do feito, em busca da verdade
dos fatos, respeitando as garantias do contraditório e da ampla defesa".
E a Maria
Thereza nem ficou vermelha depois desse posicionamento daqueles dois ministros.
São pessoas assim que querem mostrar ao mundo que não existe mais "vergonha" em nossa Justiça.
São pessoas assim que querem mostrar ao mundo que não existe mais "vergonha" em nossa Justiça.
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