QUANDO O LARANJA
TORNA-SE PERIGOSO
Gerson Tavares
Já que ontem
falei no Zé Dirceu, o “laranja do Lula”, não só o governo Dilma, mas também o
PT estão tentando se descolar da prisão do “bandido” Zé Dirceu. Mesmo falando
que não está abandonando nenhum companheiro, o presidente do partido, Rui
Falcão, afirmou que as acusações contra ele são de “caráter pessoal”. Reunida a
Executiva Nacional do PT, ficou decidido não defender o “ex-ministro”. Em nota
divulgada o partido aponta supostos abusos na Operação Lava-Jato, mas não cita
o em nenhum momento o “laranja” ex-ministro.
O tema foi
debatido na reunião da Executiva Nacional do partido. Ganhou a tese de “não
prestar solidariedade a Dirceu” na resolução que foi divulgada após o encontro.
Segundo participantes, Falcão foi firme ao se opor à citação ao ex-ministro.
Só que não podemos
esquecer que quando Dirceu foi preso em 2013, condenado pelo “mensalão”, o tom
do PT foi outro. Na ocasião, em nota divulgada pelo próprio Falcão, era expressada solidariedade
“aos companheiros injustiçados” e ali, naquela nota, ele conclamava a “nossa militância a mobilizar-se
contra as tentativas de criminalização do PT”. mas até ali eles ainda tinham certeza na “fidelidade do cão de guarda” ao Luiz Inácio.
Com a posição
de agora, dá para entender que, além de querer evitar o desgaste, há
desconforto com o fato de Dirceu ter se beneficiado do suposto esquema para
enriquecimento pessoal. O partido também está cauteloso porque espera novas
delações, como a do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, ligado ao
PT. Quanto ao fato do “enriquecimento pessoal” do Zé, será que ele estaria
comprometido de continuar roubando, mas com o compromisso de dividir com o Lula
e o Falcão?
Bem, isso é o que devemos esperar para o futuro, mas segundo o “chefe da “quadrilha”, quer
dizer, “partido petista”, Ruy Falcão, “o ônus da prova é de quem acusa e é
preciso que o companheiro José Dirceu possa fazer a contradita às acusações que
estão sendo veiculadas contra ele em caráter pessoal por delatores da
Lava-Jato. Há indícios que precisam ser transformados em provas. A pessoa
acusada tem que ter direito à ampla defesa. Não estamos abandonando nenhum
companheiro nosso. Não deve se presumir culpa antes de ser comprovada. No
Brasil, atualmente, está se invertendo esse princípio”.
Questionado
se considera Dirceu inocente, o presidente do PT foi cauteloso: “Para mim,
qualquer pessoa, não só o José Dirceu, que seja acusada, é inocente até prova
em contrário”.
E ele é
“besta” de falara ao contrário? Ele sabe com quem está lidando.
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