POR FAVOR,
CONTA UMA NOVIDADE
Gerson
Tavares
Ele
já foi apontado por muita gente e um número de vezes que até já perdemos a
conta, mas desta vez é o Ministério Público Federal em Brasília que está acusando
na Justiça o presidente do Senado, um dos maiores “bandidos do PMDB”, Renan
Calheiros. Ele está sendo acusado de ter recebido propina da construtora Mendes
Junior pela elaboração de emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.
Em
ação de improbidade administrativa, obtida com exclusividade pelo "Broadcast
Político", a Procuradoria da República no Distrito Federal afirma que Renan teve
despesas de um "relacionamento extraconjugal" pagas pela empresa na
sua primeira passagem pelo comando da Casa, entre 2005 e 2007. Por falar nisso,
onde anda a “coleguinha”?
Na
ação de improbidade, apresentada no dia 2 de setembro à 14.ª Vara Federal do
DF, o MP sustenta ainda que Renan enriqueceu ilicitamente, forjou documentos
para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas e ainda teve evolução
patrimonial incompatível com o cargo. O MP defende que o senador seja condenado
à perda do cargo. Mas será que dessa vez a coisa vai?
Bem,
o certo que o Renan também virou alvo, desde o início do mês, do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa. Nos depoimentos que tem
prestado à Polícia Federal, que fazem parte do acordo de delação premiada
firmado com a Justiça Federal do Paraná, Costa citou o nome de dezenas de
políticos, entre eles a do presidente do Senado, o “bandido” Renan Calheiros.
Mas
voltando a ação, o caso de que trata dessa ação remonta a 2007. Na época, Renan
renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação após ser alvo de uma
série de acusações, entre elas a de ter tido, conforme informou a revista "Veja",
despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Junior.
No
final de janeiro do ano passado, dias antes de Renan ser reeleito para comandar
o Senado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu
denúncia criminal ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador por
peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Mas só não podemos
esquecer que o Gurgel já foi substituído pelo Janot, que joga no time do
governo.
E
esta ação de improbidade é um desdobramento, na esfera cível, do mesmo caso. O
MP diz que a Mendes Junior pagou pelo menos R$ 246 mil para Mônica Veloso, com
quem Renan teve um "relacionamento extraconjugal". Boa parte desses
valores foi repassada pelo lobista da empreiteira para Mônica.
Só
que o presidente do Senado, segundo o MP, também não conseguiu comprovar como
pagou uma dívida de R$ 100 mil referente à pensão alimentícia para a filha,
combinada com Mônica Veloso. A ação destaca que, apesar de ele ter afirmado que
os recursos pertenciam ao seu patrimônio, os valores não foram declarados no
Imposto de Renda do senador na ocasião.
Foi
então que o Renan resolveu pagar a dívida e então resolveu beneficiar a
empreiteira. O contrato celebrado entre a empresa e a Companhia das Docas do
Rio Grande do Norte foi de R$ 38,792 milhões, chegando a R$ 47,914 milhões após
11 aditivos. Nas palavras dos procuradores, "não resta dúvida" de que
as emendas de Renan propiciaram a destinação prioritária de recursos à obra.
E assim, chegamos à conclusão que o Renan “comeu”, mas quem pagou e paga a pensão é o povo.
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