VAI PARA A CASA DO CARVALHO
Gerson Tavares
Em seu cinismo, que é
uma tônica daqueles que participam do governo petista, o ministro-chefe da
Secretaria Geral de Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou estar preocupado
com a possibilidade de uma queda maior nas pesquisas do candidato do PSDB Aécio
Neves, atual terceiro colocado na corrida presidencial.
Após uma reunião com
representantes de movimentos sociais na Diocese de Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense, “Gilbertinho” afirmou que o esvaziamento do candidato tucano
"empobrece o processo eleitoral". Parece até que ele quer uma disputa
de verdade, embora todos saibam que a ideia é correr sozinho. E para mostrar
que é só onda aquilo que ele diz, Gilberto afirmou estar convicto de que a
presidente Dilma Rousseff, que ainda é candidata pelo PT, vencerá a eleição,
mas há quem diga que eles estão “apertadinhos” de medo.
Então, para tentar
mostrar sua “tranquilidade”, ela fala sobre o Aécio: "Ele representa um
polo da política. O esvaziamento de Aécio quase antecipa o segundo turno para o
primeiro". É assim que ele quer esvaziar a Marina Silva. E foi aí que o
“Gilbertinho” tratou de criticar duramente a candidata do PSB, Marina Silva, de
quem foi colega no governo do ex-presidente Lula, quando era ministra do Meio
Ambiente. O ministro, que tem ligações históricas com a Igreja Católica,
repudiou, porém as acusações de que Marina confunda religião e política. E por falar em “católico de carteirinha”, ele estava falando em um evento
“administrado” pela diocese de Nova Iguaçu, cujo bispo, quando o Lindberg
Farias se elegeu prefeito de Nova Iguaçu, tratou de pintar a catedral da cidade
nas novas cores que Lindberg tentava dar ao município. Quando cidadãos da cidade
de Nova Iguaçu foram até a cúria para cobrar do bispo aquele afronta a um
prédio centenário e que sempre foi mantido como sua concepção, ele disse que
“ele era o bispo e quem mandava era ele”. Um “verdadeiro democrata”, como dá para
notar.
E agora ele está com a
Dilma e então, o Gilberto foi chamado para fazer a campanha e tentar fazer a
cabeça do povo, mas é bom que se diga, “o católico, como qualquer eleitor que
pensa, sabe que o governo é laico”.
Vamos à luta esquecendo
que todos que passam por lá, pelo governo, nunca tiveram religião e nunca
tiveram partidos.
Aliás, todos foram
apenas pilantras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário