terça-feira, 23 de setembro de 2014

Associação propõe suspender voto de quem recebe Bolsa Família


BOLSA FAMÍLIA É FLÓRIDA

Gerson Tavares
 








Uma das modalidades de “compra de voto”, que, aliás, é “crime político”, é a modalidade que mais caro custa ao povo. Foi então, que no Paraná, um dos poucos Estados da Federação que pensa, a associação comercial entrou com uma proposta aos candidatos, a defesa da ‘suspensão do direito ao voto’ para beneficiários de programas do governo . Claro que essa proposta tem um endereço certo, pois se isso acontecesse, se essa medida fosse adotada agora, para essa eleição que está a caminho, o candidato que estaria desde já prejudicado seria a Dilma Rousseff, a “mãe capenga” do pobre.

Esta ideia apareceu em redes sociais e até em cartazes nas manifestações de rua de 2013, mas agora, porém, ela foi assumida formalmente pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, município paranaense de 334 mil habitantes, à quase cem quilômetros de Curitiba.

Em documento que está apresentando aos candidatos a cargos do Legislativo, a entidade propõe o fim do voto para quem é beneficiário do Bolsa Família. O texto não cita o programa, que beneficia 13,8 milhões de famílias no País, mas deixa explícito, ao propor ao candidato a defesa do seguinte ponto: “Suspensão do direito ao voto para beneficiados de qualquer programa de transferência direta de renda, nas esferas municipal, estadual ou federal”.

Claro que este documento provocou reações e foi criticado por “ferir direitos previstos na Constituição”. Mas no fundo, a “bronca” é só porque ele atinge de forma direta o PT, que muitos chamam de Partido Trabalhadores, mas que na verdade é Partido dos Traidores.

E existe uma razão para essa proposta, já que nesta eleição que se aproxima, de acordo com pesquisas de intenção de voto, o apoio à presidente Dilma Rousseff entre beneficiários do Bolsa Família é de 54%, enquanto no conjunto dos eleitores do País está situado em 37%.

Segundo o presidente da entidade comercial, Nilton Fior, “não se trata de uma solicitação de comprometimento dos candidatos”. E ele diz: “Simplesmente apresentamos a eles. Nos colocamos à disposição para discutir, com maior profundidade, cada uma das propostas”.


Mas claro é que isso nunca irá acontecer. Afinal, ética e moral não está nos planos do pessoal do PT.

Nenhum comentário: