Senado autorizou o roubo

Gerson Tavares

Essa discussão já é velha e eu pensava que não haveria mais desdobramentos depois que o Lula derrubou os argumentos do Abi-Ackel, mas nada que seja feito por político nesse país podemos dizer que seja definitivo.

Por isso um paraibano muito doido, o senador do PMDB da Paraíba, Vital do Rego resolveu também dar o seu “pitaco”. Entrou com um substitutivo naquele projeto dos royalties do petróleo que destrói tudo que até hoje foi construído para garantir benefícios para os estados e municípios produtores do “ouro negro”.

Todos sabem muito bem que as maiores bacias petrolíferas do território brasileiro estão nos Estados do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, a Bacia Santista em São Paulo, a Bacia de Espírito Santo, no estado do Espírito Santo, a Bacia Camamu-Almada, no Sul da Bahia, ainda na Bahia, o Recôncavo, a Bacia Sergipe-Alagoas, que como o próprio nome diz está nos estados de Alagoas e Sergipe, no Rio Grande do Norte a Bacia Potiguar e no Ceará a Bacia Cearense. Resolvi englobar nesta lista, também os pequenos produtores de petróleo, para que não digam que estou tirando estado produtor da planilha de divisão do dinheiro.

Mas como política é sempre “pilantragem” há um grande interesse do governo federal e aliados que todos os governadores e prefeitos recebam uma grana para ficarem do lado daquele que “molha a mão”, afinal, as eleições estão chegando e os municípios precisam ficar nas mãos dos aliados para garantir dois anos depois que os votos para presidente, senador, deputados da panelinha estejam nas urnas.

Então vamos dividir o dinheiro por todos e assim, os estados e municípios que produzem petróleo, vão perder dinheiro para garantir o governo naqueles estados e municípios que não estão preocupados se um dia acontecer alguma catástrofe ambiental durante a extração do petróleo e se isso acontecer e não será a primeira vez, mas a responsabilidade será do estado e do município onde isso acontecer. Os outros estados não estarão dando a menor bola e ainda serão bem capazes de criticar o acontecido. Mas estes estados e municípios produtores, que gastam com segurança, com estudos para evitar acidentes e tantas coisas mais, não serão ressarcidos por aqueles que só irão participar do faturamento.

Isso quer dizer que, “quando é pra comer a mamãe, todo mundo quer, mas na hora de dar um pouquinho pro papai, ninguém se habilita”.