terça-feira, 25 de outubro de 2011



Crise na pasta complica reforma ministerial

Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão


“Quem não ter competência não se estabelece”. Este é um ditado bem antigo, mas que se encaixa perfeitamente na situação do atual governo.

A crise política envolvendo o Ministério do Esporte, hoje comandado pelo PCdoB, deixou a base de apoio do governo, de olho na dança das cadeiras, e escancarou insatisfações de antigos aliados do PT.

À espera da reforma ministerial, prevista para janeiro de 2012, partidos já produzem listas com nomes que gostariam de emplacar na Esplanada e tradicionais parceiros do time petista, como o PCdoB e o PDT, avisam que não aceitarão perder a boquinha.

Paulo Pereira da Silva, dublê de deputado e líder sindical falou para deixar seu protesto: "O PT casou com o PMDB e arrumou amantes da direita. Será que agora vai querer dar outra guinada e se livrar da esquerda?"

Tudo isso porque os trabalhistas sabem que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é um dos cotados para ser o próximo a cair, também por corrupção. e a presidente Dilma Rousseff deverá aproveitar a oportunidade na troca da equipe, para se livrar do jornaleiro.

A exemplo de Orlando Silva, do PCdoB, mantido por Dilma no Esporte, Luppi também enfrentou denúncias de uso indevido do dinheiro público, em convênios firmados no Trabalho, para abastecer o caixa de seu partido. Os dois ganharam sobrevida porque a presidente tenta segurar as demissões a conta-gotas, mas que estão na corda bamba, não há a menor dúvida.

Na avaliação do governo, depois da queda de cinco ministros, quatro por suspeitas de corrupção, e com o cenário menos traumático agora, já não dá para comprar mais briga com os aliados num momento de votações importantes no Congresso. Então inventou uma mudança coletiva, em meio a uma reforma.

Mas os que estão indicados ou que pleiteiam um lugar, já estão até fazendo “cursinhos” para se aperfeiçoarem em corrupção e assim logo que se formarem estarão prontos para entrar em ação.

Um comentário:

Valéria Farias disse...

A crise com a queda dos ministros só atrapalha a reforma ministerial porque a Dilma só tem safado em seu grupo de governo.
Vai procurar gente de bem que existe de monte no País, mas ela só quer safado ao lado dela.
Ela sabe que assim fazendo, mesmo que o governo vá para o buraco, todos eles saem com a "mala cheia".
Só tem ladrão nessa política.
Valéria Farias
Teresópolis - Rio