segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Criando lei que já existe




Gerson Tavares


Quando esses políticos que aí estão, sentem que “a vaca está indo para o brejo”, eles logo acordam e começam a se mexer fingindo que estão arrumando o pasto. Estamos assistindo isso agora, no Rio de Janeiro, quando o “prefeitinho” Eduardo Paes quer agir depois da tragédia que aconteceu ali no perímetro do centro cultural da cidade, quando um restaurante clandestino, mas funcionando autorizado pela prefeitura, se transformou em uma imensa bomba relógio, matando, ferindo e destruindo. A Praça Tiradentes, com seus teatros e gafieiras, em plena luz do dia, se transformou numa Trípoli tupiniquim.

Mas é aí que entra a sagacidade do governante. Como a prefeitura é a principal culpada por tudo que ali aconteceu, Eduardo Paes resolveu criar uma norma para que acidente como aquele não se repita.

Eduardo está falando aos quatro cantos que pretende rever a legislação e criar novas regras para emissão de “alvarás provisórios”. Mas isso não passa de uma grande enganação, porque todo mundo sabe que, assim como a CPMF que nasceu provisória e ficou aí anos e anos metendo a mão no bolso do povo, tudo que nasce provisório no Brasil vira permanente e o caso desse restaurante da Praça Tiradentes é prova disso, já que ele tinha um “alvará provisório” que já tinha renovado cinco vezes.

Se a prefeitura tivesse em seus quadros pessoas honestas, não seria necessária essa mudança na legislação, porque todo mundo sabe que até para esta aberração que é o alvará provisório, é necessário o laudo do Corpo de Bombeiros, laudo esse que nunca existiu.

Mas isso também não exime o Corpo de Bombeiros de culpa, porque se a Corporação negou o laudo, nunca poderia estar aberto, ali, a 50 metros do quartel, o “Restaurante Líbia”, não sei bem o nome da casa, mas pelo menos é este o nome que me ocorre agora.

Agora vem o comando dos bombeiros falar que não deu o laudo, mas não explica porque deixava funcionar ali ao lado de uma de suas unidades, aquela "maquina destruidora". Não me venham com desculpa que não sabiam que ali funcionava uma “bomba relógio”.

Quanto ao Eduardo Paes, tenho a impressão que, a cada tombo que ele leva da bicicleta oficial, ele fica mais abestalhado.

2 comentários:

Paulo da Luz Vianna disse...

Parece que o Cesar Maia fez escola. o Eduardo Paes é o Cesar garotão. Enquanto o Cesar varria a avenida, o Paes sai na bateria. Enquanto o Cesar viajava pela internet, o Paes vai de bicicleta, mas como é muito fraquinho de esporte, cai e machuca o braço. É um trapalhão.

Paulo da Luz Vianna
Barra da Tijuca

Dilma Lopes Filgueiras disse...

Só tem engraçadinho nessa política. Até parece que criando mais leis, elas serão cumpridas. Emnquanto tiver uma nota de cem no anexo, os processos vão ficando nas gavetas e as obrigações são empurradas com a barriga.

Dilma Lopes Filgueiras
Barra da Tijuca