Dia dos professores
Sábado passado, dia 15 de outubro, e todo cidadão teria muito que comemorar naquela data. Assim como acho um erro terem instituído o “Dia da Mães”, também é um grande erro o “Dia do Professor”. Para esses símbolos de sabedoria e paciência, eu dedico todos os dias da minha vida.
Mas quis a conveniência e, lógico, o comércio, que houvesse um único dia no ano para que as pessoas se lembrem que mãe e professora existem. E sábado foi o dia dos Professores. Mas lá na frente eu falei que o cidadão teria muito que comemorar naquela data, mas infelizmente a realidade do Brasil não é bem assim.
Então eu pergunto: Como estão os professores nos dias de hoje? Amparados? O governo paga salários dignos a esses que são os responsáveis pelo pilar maior da sociedade? Claro que não, porque entre pagar salário justo ao professor e usar as verbas da educação em compra de votos e ainda usar o dinheiro para garantir uma governabilidade com seus pares do Legislativo, muito bem "acertados" por sinal, a opção primeira vai pelo ralo. É ai então que o dinheiro que deveria ser usado para dar dignidade aos professores, vai para o bolso do "bandido de gravata".
Conheço alguns casos de professores, que além de receberem salários de fome, estão dentro de suas salas de aulas acuados pela bandidagem, mas os direitos da criança e do adolescente é a maior arma da marginalha.
Por isso eu me rendo aqui, a você minha professorinha querida. Parabéns pelo seu dia e por todos os dias de sua vida, que é feita de luta contra a maldita praga chamada analfabetismo.
2 comentários:
Mas o que quer você? Num país onde professor está relegado ao mais baixo nivel, já é muito ser lembrado um dia no ano. Professor no Brasil vale menos que tostão.
Já vai longe o tempo em que professor era respeitado. Hoje, não passe de um pobre coitado.
Deborah Hoffmann
Rio de Janeiro
Fico bem orgulhosa por ter lido esse texto antes de ser postado. E triste por ele retratar uma situação que nada tenho do que me orgulhar, que vai desde as condições de trabalho até a baixa remuneração. Mas professor ainda se mantem em sala de aula por uma das opções: ou por que tem amor ao que faz ou porque não tem outra opção de trabalho (como é o caso da grande maioria dos professores das cidades do interior). Eu me encaixo na opção 1, mas confesso que não sei até quando. Sei do meu valor. E um unico aluno em uma turma que me faça ver que valeu a pena minhas horas diárias de trabalho ainda é o suficiente para eu continuar. Pode ser que um dia eu ache que não vale mais a pena? pode sim! mas se isso acontecer um dia já me sentirei realizada em saber que muitos lá na frente poderão dizer: "eu aprendi Geografia com professora Daniela".
Obrigada pela homenagem, meu Amor!
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