Saúde é caso de polícia

Gerson Tavares

Quando o governo fala em Saúde, já vem logo com aquela história de que não quer saber de imposto, mas logo depois entra com o discurso de “cerca Lourenço” que sem dinheiro não dá para dar um atendimento adequado à população.

Mas ai cabe uma pergunta bem pertinente. Enquanto existiu CPMF, algum dia os hospitais do governo deram atendimento adequado ao povo? Será que eles, os governantes, acham que eles já deram atendimento decente aos pacientes dos hospitais públicos? Eles estão de brincadeira. Não é possível que não estejam de gozação com a cara da gente.

E agora, para piorar a situação, os estabelecimentos de saúde, sejam hospitais, postos de saúde ou outro qualquer tipo de unidade de saúde, já não dão mais a segurança para ninguém que a sua saúde não sofrerá mais danos do que aquele que o trouxe àquela unidade de Saúde.

Pode até parecer que estamos de “sacanagem”, mas nesses últimos doze meses, já tivemos cem mil mortes por infecção hospitalar. A falta de cuidado com a higiene, mas neste caso não é privilégio dos hospitais públicos, porque mesmo os hospitais privados estão ajudando neste quadro de desleixo com a saúde do povo brasileiro.

Um levantamento da Associação Nacional de Biosegurança fez o levantamento desse quadro, mas o governo diz não ter dados consolidados sobre o problema. Isso acontecendo e o governo sem ter conhecimento de uma coisa que não poderia estar sem uma resposta, já que desde 1985 existe uma comissão ligada ao Ministério da Saúde que só tem como serviço, tratar deste assunto.

A Anbio mostra em sua pesquisa que em média 80% dos hospitais brasileiros, que por não cuidarem de suas obrigações, não têm o menor controle para evitar a disseminação das infecções.

Pelo visto, se não tem hospital, o cidadão morre por falta de atendimento e se for atendido, morre por infecção hospitalar.

Se ficar o bicho come e se fugir o bicho pega, não necessariamente nessa ordem.