Mais uma vez, “Vergonha nacional”

Gerson Tavares

Já nem sei quantas vezes usei este titulo “Vergonha nacional”, mas tenho a impressão que ainda vou usar por um bom tempo, já que eu me proponho a falar dos desmandos dos políticos brasileiros. Aliás, o meu amigo “Zé Doidão” sempre me chama de esperto, já que escolhi um tema para falar, que no Brasil é inesgotável.
Todos os dias você passa os olhos pelo noticiário e encontra mais um motivo para sentir vergonha de ser brasileiro. Se há algum tempo atrás me dissessem que eu iria ter vergonha de ser brasileiro, eu queria até briga, mas hoje em dia eu quero briga se alguém falar em contrário. Sim, porque hoje só não tem vergonha de ser brasileiro aquele que é “pilantra”, como nos casos desses políticos que estão comandando este país, que de uma hora para outra deixou de ser de meu Deus, para ser de “belzebu”.

Então hoje escolhi para falar daquilo que na política brasileira chamam de “Conselho de Ética da Câmara”. Sim, coloquei assim entre aspas para que prestem muita atenção nessa “quadrilha” que está lá na Casa pequena do Congresso, se bem que não vejo diferença da mesma comissão na Casa Grande do mesmo Congresso.

Mas na quarta-feira o Conselho de Ética da Câmara deu uma demonstração de desrespeito ao povo brasileiro, quando sem nem ao menos ouvir testemunhas, sem nem ao menos investigar o assunto que estava para se transformar em um processo, resolveu “absolver” o Waldemar da Costa Neto de qualquer quebra de decoro.

A representação havia sido apresentada pelo PSOL e pelo PPS contra o Waldemar do PR e reunia denúncias veiculadas pela imprensa que vão desde envolvimento em esquema de superfaturamento de obras do Ministério dos Transportes chegando até ao tráfico de influência.

Com este resultado, quando 16 “safardanas” votaram contra a levar adiante um processo e só 2 dos conselheiros votaram a favor, ficou bem claro que com a exigência de um relatório preliminar, que é uma exigência deste primeiro ano do governo Dilma, nunca mais o brasileiro vai conseguir processar político corrupto neste Congresso.

Como em fase inicial o relator não incluiu as provas, um “safardana” do PT, o deputado Amauri Teixeira, falou que “sem vídeo e sem o áudio das conversas, não poderiam aceitar a abertura do processo. Disse ainda que a imprensa adora jogar lama em político.

Mas só esquece o Amauri Teixeira, que a imprensa não tem o porque de jogar lama em que já é uma "merda".