quarta-feira, 26 de março de 2008

Governo tibetano já fala em 140 mortes


O Dalai-lama, lider espiritual tibetano, reiterou:
"renunciará se as manifestações violentas continuarem"

DHARAMSALA – O primeiro-ministro do governo tibetano no exílio, Samdhong Rinpoche, afirmou ontem que 140 pessoas morreram nos conflitos ocorridos no Tibete. “Este número é procedente de nossas fontes no Tibete”, afirmou o primeiro-ministro na cidade de Dharamsala (norte da Índia), sede do governo tibetano no exílio.
Na segunda-feira o saldo divulgado por Rinpoche era de 130 mortos. Apesar de divulgar o novo balanço, o próprio primeiro-ministro afirmou que é impossível verificar o número preciso de mortos. Segundo as autoridades chinesas, o balanço oficial dos distúrbios é de 19 mortos, sendo 18 civis "inocentes" e um policial. Como a imprensa tem o acesso vetado à região do Tibete as informações não têm como ser comprovadas.
Um reduzido grupo de jornalistas estrangeiros foi autorizado a viajar a Lhasa, após os recentes distúrbios ocorridos na capital tibetana, anunciou ontem um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês. Qin Gang disse que foi preparada uma série de entrevistas com os afetados, assim como visitas aos locais destruídos pelos manifestantes, para que a imprensa estrangeira possa conhecer a realidade da situação no Tibete.
Há anos, a China não permitia que jornalistas estrangeiros trabalhassem em Lhasa e estabelecia uma ou duas viagens ao ano para repórteres com visitas programadas pelo governo comunista da região autônoma tibetana.

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