“PODERIA TER FEITO UMA ESCADINHA”
Gerson Tavares
Voltando as
“balelas” da Dilma, ela falou, para mostrar que tem governado sempre
envolvida em dúvidas, mas que em muitos casos o seu governo não voltou atrás, citou a desoneração da cesta básica. Explicou que adotou uma política para
preservar o emprego e a renda, mas que essa política poderia ter sido reduzida
gradativamente ao longo do tempo, adotando o que chamou de “escadinha”. Nesse
caso, também se justificou: “O que é possível considerar é que poderia ter
começado (a fazer) uma escadinha. Agora, eu nunca imaginaria, ninguém
imaginaria, que o preço do petróleo cairia de 105 dólares (o barril) em abril,
para 102 dólares em agosto, para 43 dólares hoje. A crise começa em agosto, mas
só vai ficar grave, grave mesmo, mesmo entre novembro e dezembro (de 2014). É
quando todos os Estados da Federação percebem que a arrecadação caiu”.
Ainda sobre a
economia internacional, Dilma disse que “o futuro é imprevisível”. As
dificuldades, segundo ela, não ficarão restritas aos exportadores de
commodities para a China, pois também afetam os países que exportam máquinas e
equipamentos para aquele país. A política de industrialização da China foi
acelerada, e todos os países estão perdendo arrecadação.
“Nos países
que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),
predominava a avaliação de que a crise seria superável”, disse Dilma. Mas ela
não sabia que depois do acordo entre Estados Unidos e Irã, que colocará de 2
milhões a 3 milhões de barris de petróleo no mercado internacional, o
primeiro-ministro russo Vladimir Putin iria dizer que a renda com o petróleo
vai afundar.
Então a Dilma
falou que “ninguém podia imaginar”. E a Dilma falou em tom de lamento, já que a
quem não tem conhecimento, só resta “sentar à beira da estrada e chorar”.
Só que entre
o lamento da Dilma e a fome do povo, ela está mais para, em reunião fechada,
rir do faminto povão.
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