quinta-feira, 3 de setembro de 2015

“PODERIA TER FEITO UMA ESCADINHA”

Gerson Tavares
 








Voltando as “balelas” da Dilma, ela falou, para mostrar que tem governado sempre envolvida em dúvidas, mas que em muitos casos o seu governo não voltou atrás, citou a desoneração da cesta básica. Explicou que adotou uma política para preservar o emprego e a renda, mas que essa política poderia ter sido reduzida gradativamente ao longo do tempo, adotando o que chamou de “escadinha”. Nesse caso, também se justificou: “O que é possível considerar é que poderia ter começado (a fazer) uma escadinha. Agora, eu nunca imaginaria, ninguém imaginaria, que o preço do petróleo cairia de 105 dólares (o barril) em abril, para 102 dólares em agosto, para 43 dólares hoje. A crise começa em agosto, mas só vai ficar grave, grave mesmo, mesmo entre novembro e dezembro (de 2014). É quando todos os Estados da Federação percebem que a arrecadação caiu”.

Ainda sobre a economia internacional, Dilma disse que “o futuro é imprevisível”. As dificuldades, segundo ela, não ficarão restritas aos exportadores de commodities para a China, pois também afetam os países que exportam máquinas e equipamentos para aquele país. A política de industrialização da China foi acelerada, e todos os países estão perdendo arrecadação.

“Nos países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), predominava a avaliação de que a crise seria superável”, disse Dilma. Mas ela não sabia que depois do acordo entre Estados Unidos e Irã, que colocará de 2 milhões a 3 milhões de barris de petróleo no mercado internacional, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin iria dizer que a renda com o petróleo vai afundar.

Então a Dilma falou que “ninguém podia imaginar”. E a Dilma falou em tom de lamento, já que a quem não tem conhecimento, só resta “sentar à beira da estrada e chorar”.

Só que entre o lamento da Dilma e a fome do povo, ela está mais para, em reunião fechada, rir do faminto povão.

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