EDIR MACEDO E SEUS
CRIMES
Gerson Tavares
Infelizmente a Justiça ainda não entendeu que existem crimes
e crimes. Só por esse motivo a Justiça do Rio Grande do Sul condenou a IURD,
que é aquela seita inventada pelo Edir Macedo, que se auto identifica como
“bispo”, a uma pena ínfima pelo crime praticado por um dos seus "pastores".
Edir fundou a Igreja Universal do Reino de Deus depois de ter passado por
vários seguimentos religiosos e pelo que sei, iniciando seus conhecimento na Macumba. Depois passou por algumas seitas
evangélicas para descobrir como enganar os fieis e fundar a sua. Mas como ia
dizendo, a IURD foi condenada a pagar uma indenização a um fiel pelo fato de ele ter
sido convencido pelos “pastores” a abandonar o tratamento da Aids. A
indenização por danos morais foi estimada em R$ 300 mil, mas ainda cabe
recurso.
A decisão é da 9ª Câmara Cível do TJ/RS, que avaliou como fundamental
a influência da seita na decisão do fiel a abandonar o tratamento. Conforme o
processo, o fiel foi instruído a tratar a doença apenas com o poder da fé.
O fiel, que é HIV positivo desde 2005, encorajado pelos “pastores”
em 2009, deixou de tomar os medicamentos e a procurar acompanhamento médico.
Meses depois, com a queda da imunidade, foi acometido por uma broncopneumonia,
segundo laudos hospitalares. O homem, cuja identidade não foi revelada, ficou
hospitalizado por 77 dias, sendo que mais da metade desse período, em coma
induzido, perdendo 50% de sua massa corpórea.
Mas como a IURD não tem limites, de acordo com os autos, o
soropositivo ainda foi instruído por representantes da igreja a se relacionar
sexualmente e sem preservativos com a esposa como prova de fé. A mulher acabou
infectada pelo vírus da Aids.
Para o desembargador Eugênio Facchini Neto, os laudos médicos
e o depoimento de um psicólogo são provas de que o paciente optou por abandonar
o tratamento depois que passou a visitar os cultos. O relator do processo citou
ainda uma declaração nas redes sociais sobre falsas curas da AIDS difundidas
por um “bispo” da IURD, um documento da igreja recomendando "sacrifício
perfeito e não em parte para os que creem em Deus" e o testemunho de um “ex-bispo”
que admite ter doado tudo o que tinha para obter a cura da filha.
O desembargador destaca: "Assim, apesar de inexistir
prova explícita acerca da orientação recebida pelo autor no sentido de
abandonar sua medicação e confiar apenas na intervenção divina, tenho que o
contexto probatório nos autos é suficiente para convencer da absoluta
verossimilhança da versão do autor".
Segundo ele, a responsabilidade da igreja está no fato de
ter "se aproveitado da extrema fragilidade e vulnerabilidade em que se
encontrava o autor, para não só obter dele vantagens materiais, mas também
abusar da confiança que ele mostrou ter".
O valor da indenização foi fixado em R$ 300 mil, levando em
consideração os "graves danos causados ao doente e à dimensão de potência
econômica da Igreja Universal do Reino de Deus".
Estou de acordo com quase tudo, só a indenização eu achei
absurda em seu pequeno valor. Garanto que R$ 300 mil o Edir ganha por minuto em
suas igrejas, se reunidas, mas só naquelas que funcionam no Brasil. Não podemos
esquecer que essa “lula do mal” espalhou seus tentáculos por grande parte do mundo e
sempre, “tomando dinheiro dos fieis”.
O assunto ainda vai render e então, amanhã volto ao
assunto dando direito ao Edir de se explicar. Se é que isso é possivel.
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