quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ESTÁ DECRETADA A MORTE
DA “PÁTRIA EDUCADORA”

Gerson Tavares
 






Como ontem falei, o CSF (Ciência Sem Fronteiras), que deveria ser um programa de intercâmbio, já está com o seu término decretado e não mais irá ofertar bolsas de estudos. Pelo que dizem, o que sobrou da verba do MEC, muito mal conseguirá manter os alunos já contemplados e que estão no exterior. Neste segundo semestre de 2015 o programa enviará pouco mais de 14 mil bolsistas de graduação que participaram do processo seletivo de 2014.

Mas essa não é uma novidade, porque desde a sua criação, em 2011, o Ciência Sem Fronteira vem enfrentando inúmeros problemas. Entre eles atraso no pagamento das bolsas por parte do governo. Claro que se o MEC usasse a verba com honestidade isso não estaria acontecendo, mas como o dinheiro é sempre desviado em parte para as contas bancárias do pessoal do governo, sobra a menor parte para aqueles que se fizeram merecedores que terem seus estudos pagos pelo cofre da República. 

Também o Pronatec, que foi uma das principais bandeiras, claro ao lado de todas as “bolsas isso, bolsas aquilo”, na campanha de reeleição da "guerrilheira paraguaia" que precisava se reeleger para garantir mais algum tempo do ”desgoverno petista", também foi atingido pelo contingenciamento. Vejam que o programa “Pronatec” ofereceu em torno de um milhão de vagas neste ano, 66,6% a menos do que em 2014, quando foram disponibilizadas três milhões de oportunidades para o ingresso no ensino técnico. Durante a campanha eleitoral, o prometido foi uma abertura de 12 milhões de vagas até 2018, mas pelo que temos notícias, ao todo, apenas 6,3 milhões serão oferecidos até lá.

Mais de R$ 360 milhões do orçamento original do Pronatec foram parar em outros bolsos. São desvios que não afetam apenas o investimento, mas o custeio de todas as instituições, tornando inviáveis muitas das coisas que são prioridades da educação. E não estou falando em ampliação dos projetos e sim, da manutenção do que já existe e que já começa a parar.

Não podemos esquecer que muitos jovens foram estimulados, tanto pelo discurso de campanha quanto pela propaganda institucional, a procurarem mecanismos como o Pronatec e o Fies. E agora os recursos e as vagas sumiram. Ou seja, o governo transformou o sonho do Pronatec em pesadelo, e isso pune principalmente os estudantes mais pobres.


Este é o “desgoverno petista”. Vamos valorizar o voto. Consciência e ética não são coisas do passado.   

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