População
mantêm Supervia,
mas ela continua a mesma
Gerson
Tavares
O
governo do Estado do Rio de Janeiro é uma “mãe”, mas uma mãe que só tem “filho
de vadia” para roubar o dinheiro do povo. E neste caso estão as concessionárias
que conseguiram “ficar” com os transportes públicos, tais como as barcas, os trens e metrôs.
Para
termos uma ideia a quanto vai o desrespeito pelo dinheiro público, só contra a
Supervia, estão contabilizados 33 débitos. Mas como sempre acontece com os
grandes devedores, dos R$ 2,8 milhões, valor este correspondente só em multas
aplicadas pela Agetransp, a Supervia conseguiu parcelar em 18 meses e ainda ter
o total da dívida reduzido para quase um quarto do total.
Esta narrativa não precisa ir muito longe, pois nesses últimos dois anos estão sendo
muito frequentes as panes e os acidentes no sistema de trens, fatos esses tão
alarmantes que fizeram com que a agência reguladora do transporte público no Estado, a Agetransp, entendesse que seria necessário multar em R$ 2,4 milhões a
Supervia, mas esta concessionária, que tem “padrinhos”, conseguiu pagar R$ só 321.680.
E
para alarmar mais ainda as pessoas que estão de olho nos escândalos, apesar de
o valor restante ter sido inscrito na Dívida Ativa Estadual, aquele "calote"
está beneficiando em muito a concessionária. Há quatro meses, a Supervia, se
valendo de lei estadual, conseguiu parcelar o débito em 18 vezes e ainda
derrubou para R$ 726 mil o montante devido. Com isso, ao parcelar uma dívida, o
devedor consegue “quebrar” um valor de pagamento à vista de R$ 2,4 milhões,
para um pagamento parcelado deixando para trás mais de R$ 1 milhão que vai
sair e lógico, do bolso do povo que paga além dos impostos, as passagens.
Aquelas
dívidas que falamos lá na frente, são consequência de 22 processos que a
Agetransp registrou contra a Supervia por falhas no serviço prestado aos mais
de 540 mil passageiros, de janeiro a setembro deste ano, e outros 66 no ano
passado.
Mas
o desrespeito pelo dinheiro do povo não para por ai. A concessionária recebeu
para administrar um patrimônio público sem ter que desembolsar nada, pois até
hoje é o povo que mantêm os trens nos trilhos e cada vagão que é comprado é o
dinheiro do povo que paga, mas não com o valor das passagens e sim, tirado do
cofre do governo.
A
concessionária só serve para arrecadar o dinheiro, mas na hora de desembolsar,
aí o governo abre o cofre e o nosso “dinheirinho” vai pelo ralo. Sim, “pelo
ralo”, já que é esse “pagador” que sofre com atrasos e até com os acidentes que
andam acontecendo com uma grande frequência.
E
ainda tem gente que está pensando em dar mais ajuda para as concessionárias e
quando alguém fala no assunto e ninguém desmente, fico na certeza que vão mexer no meu
bolso.
Por
todo isso, mais uma vez eu vou pedir: “Parem o mundo que eu quero descer!”.
2 comentários:
Mas não são só os trens que são mantidos pela população, porque também as barcas, as empresas de ônibus e até as estradas são mantidas pelo povo, mas o governo quer mais é que o povão sofra.
Do povão só interessam os votos.
Cascadura - Rio
Ninguém dá jeito nesse Brasil. Se o povo precisa, que se dane.
Mas também nunca um povo votou tão mal como agora.
Precisamos entender que o voto é a nossa arma. Vamos usar o voto para vencer e a hora é agora. Vamos dar início a nossa revolução nesse dia 7 de outubro. Votando certo na pessoa certa e não vendendo o voto. Nem por bolsa família nem por milhão. O nosso voto vale por uma vida.
Recife
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