Luiz Inácio é um perigo

Gerson Tavares

Lula não pode deixar que o julgamento do “mensalão” acabe com o ministro Ayres Britto no comando do Supremo Tribunal Federal. Então ele está armando meios para prolongar esse julgamento até novembro, mês em que o ministro-presidente terá que se aposentar.

No meu entender, é uma tremenda de uma bobagem um cidadão ser considerado senil aos setenta anos, até porque temos aí muita gente bem mais nova e que não tem o menor sentido de ética e muito menos moral, sentimentos que são os principais requisitos para um bom julgador.

Mas como a lei diz que aos setenta anos qualquer cidadão torna-se velho e caduco, Ayres Britto segue o caminho do ministro Cezar Peluso, que já está de pijama, vendo pela televisão tudo que está acontecendo no dia a dia desse julgamento que irá entrar para a história, ou como uma faxina na política ou então como uma ducha de água gelada para cima dos cidadãos de bem.

Como a lei é sempre contra o povo e o Luiz Inácio sabendo que Ayres Brito é sempre um voto contra os bandidos, quer prorrogar o maior tempo possível o julgamento para ver se assim, com menos um homem sério julgando “sua quadrilha”, quem sabe se logo eles poderão estar novamente arrombando os cofres públicos.

E o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa está “p” da vida com o revisor, o ministro Ricardo Lewandowski, que está “enrolando” as sessões. Mesmo quando ele vai concordar com o relator, Lewandowski gasta mais tempo que aquele para pronunciar o seu voto. Coisa digna de quem está a serviço do Lula para que o processo só seja julgado após a saída do Ayres Britto. Coisa de pilantra e isso só poderia ser coisa de Lula.

E Lula não esconde que é isso que ele quer e precisa. Ele demonstra e se diz incomodado com o ritmo do julgamento. Mesmo contra todas as opiniões, Lula diz que os ministros estão correndo com seus votos, e como disse, “eles estão sendo céleres como nunca antes na história desse País”. E ainda falou que “os ministros politizaram o processo”. Claro que sobre os resultados que estão acontecendo, Lula fala coisas impublicáveis.

E o pior de tudo é que ele não está nem aí para o que as pessoas podem pensar dessa atitude de defesa da “sua quadrilha”.

Para ele o que interessa é todo mundo na rua para continuar faturando.

Ladrão é ladrão mesmo.