Ser condenado é pouco pelo que vai perder

Gerson Tavares

O deputado federal João Paulo Cunha, do PT paulista, informou ao PT a decisão de retirar sua candidatura à Prefeitura de Osasco. O vice de sua chapa, Jorge Lapas é o novo candidato da sigla. Esse negócio que João Paulo "informou" ao partido é mais ou menos como um ministro que pede para sair do governo depois que o presidente manda que ele saia. É aquela expulsão de campo, mas que o jogador finge que está machucado e sai de maca.

Com isso o PT escolheu o líder do governo na Câmara de Vereadores de Osasco, Valmir Prascidelli, para ser o novo vice da chapa. Os nomes foram discutidos com o prefeito de Osasco, Emídio de Souza. O diretório do PT de Osasco foi convocado para uma reunião para que “desistência” de João Paulo seja oficializada.

Tudo porque a maioria dos ministros do Supremo votou por condenar João Paulo por corrupção passiva, por desvios de dinheiro usando cargo público, que é apelidado de “peculato” e lavagem de dinheiro. O petista é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agência do empresário Marcos Valério em contrato com a Câmara na época em que presidia a Câmara, entre os anos de 2003 e 2004. Ricardo Lewandowski ficou sozinho à beira da estrada.

Mesmo contra todos os argumentos que o Lewandowski usou para salvar a pele do “safardana” João Paulo, a acusação sustentou que o deputado foi um dos membros atuantes na “quadrilha do mensalão” e pelo que dá para notar, já é hora dele dar uma passadinha pelo Senai para aprender uma outra profissão. 

A de político profissional já era.