sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Dilma está mostrando-se a terrorista que é

Gerson Tavares








A cada momento que passa desse julgamento dos “mensaleiros” no Supremo Tribunal Federal, mais intrigante ainda, vai ficando a relação entre o governo e a Justiça. E como sempre acontece depois que os petistas assumiram o comando do governo brasileiro, temos agora um novo sinal da tensão que envolve o Planalto e o Supremo Tribunal Federal, exatamente por causa desse julgamento que é o maior de todos que já foram realizados no STF.

E chegamos agora ao ponto de assistir o ministro Gilmar Mendes criticando decisão da presidente Dilma Rousseff, que divulgou uma nota oficial após ter sido citada na semana passada no julgamento da ação penal 470 plo relator, ministro Joaquim Barbosa.

Gilmar coloca em destaque a seguinte citação: "O depoimento dela vale como todos os outros. Não é assim que se diz na República?". Essa é só uma mostra que a ‘dona’ Dilma não está com essa bola toda.

Quando falou aos jornalistas, Gilmar seguiu em sua explanação, sempre com uma interrogação que coloca a ‘dona’ Dilma em situação de descrédito: "Imagine se cada vez que um tribunal tiver de se debruçar sobre depoimentos, tiver de buscar a interpretação autêntica do depoente. Imaginem o que vai representar isso... Vocês imaginam quantos depõem na CPMI, inquéritos policiais, perante o juiz e agora alguém diz que o que o relator disse não é exatamente. Isso vai anular o julgamento?... Isso é apenas um acidente nesse processo".

Tudo isso porque na semana passada, ao sustentar a tese de que ocorreu compra de votos no Congresso, o relator do processo, Joaquim Barbosa, simplesmente citou um depoimento dado pela Dilma em 2009 à Justiça no qual ela afirmou que ficou surpresa com a rapidez na votação do marco regulatório do setor elétrico.

É bom lembrar que, a hoje presidente da República, na ocasião do depoimento, era ministra chefe da Casa Civil. Como Dilma no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio havia ocupado o Ministério de Minas e Energia, ela era na época a responsável direta pelo setor elétrico e assim, aquela votação caia em cheio em seu colo.

No julgamento, Joaquim Barbosa defendeu a punição de políticos acusados de envolvimento no esquema, como Roberto Jefferson, que foi o delator do mensalão.

E no dia seguinte ao ter sido mencionada por Joaquim Barbosa, Dilma Rousseff soltou a nota dizendo que eram necessários alguns esclarecimentos para eliminar quaisquer dúvidas sobre as declarações. Ela também afirmou que as relações entre o Executivo e o Judiciário são marcadas pelo absoluto respeito. Alvo da resposta de Dilma, Joaquim resolveu que não deveria dar resposta àquela “nota presidencial”, tão descabida como tudo aquilo que é despachado por aquele setor.

Mas uma coisa ficou clara: Dilma hoje está muito arrependida de naquela época aceitar ‘negociatas’ sem levar vantagem.

Quer dizer, se realmente não levou vantagem.

Um comentário:

João Carlos Pereira Santos disse...

Dilma sempre esteve e está envolvida com as 'maracuataias'. Ela sabe que os petistas vão ter uma vida curta no governo e então, por que não aproveitar as vantagens que se apresentam?
Claro que ela vai negar de pés juntos que não sabia de nada, afinal, ela aprendeu com o Lula.
Diadema = São Paulo