quinta-feira, 27 de setembro de 2012


População mantêm Supervia, 

mas ela continua a mesma

Gerson Tavares





O governo do Estado do Rio de Janeiro é uma “mãe”, mas uma mãe que só tem “filho de vadia” para roubar o dinheiro do povo. E neste caso estão as concessionárias que conseguiram “ficar” com os transportes públicos, tais como as barcas, os trens e metrôs.

Para termos uma ideia a quanto vai o desrespeito pelo dinheiro público, só contra a Supervia, estão contabilizados 33 débitos. Mas como sempre acontece com os grandes devedores, dos R$ 2,8 milhões, valor este correspondente só em multas aplicadas pela Agetransp, a Supervia conseguiu parcelar em 18 meses e ainda ter o total da dívida reduzido para quase um quarto do total.

Esta narrativa não precisa ir muito longe, pois nesses últimos dois anos estão sendo muito frequentes as panes e os acidentes no sistema de trens, fatos esses tão alarmantes que fizeram com que a agência reguladora do transporte público no Estado, a Agetransp, entendesse que seria necessário multar em R$ 2,4 milhões a Supervia, mas esta concessionária, que tem “padrinhos”, conseguiu pagar R$ só 321.680.

E para alarmar mais ainda as pessoas que estão de olho nos escândalos, apesar de o valor restante ter sido inscrito na Dívida Ativa Estadual, aquele "calote" está beneficiando em muito a concessionária. Há quatro meses, a Supervia, se valendo de lei estadual, conseguiu parcelar o débito em 18 vezes e ainda derrubou para R$ 726 mil o montante devido. Com isso, ao parcelar uma dívida, o devedor consegue “quebrar” um valor de pagamento à vista de R$ 2,4 milhões, para um pagamento parcelado deixando para trás mais de R$ 1 milhão que vai sair e lógico, do bolso do povo que paga além dos impostos, as passagens. 

Aquelas dívidas que falamos lá na frente, são consequência de 22 processos que a Agetransp registrou contra a Supervia por falhas no serviço prestado aos mais de 540 mil passageiros, de janeiro a setembro deste ano, e outros 66 no ano passado.

Mas o desrespeito pelo dinheiro do povo não para por ai. A concessionária recebeu para administrar um patrimônio público sem ter que desembolsar nada, pois até hoje é o povo que mantêm os trens nos trilhos e cada vagão que é comprado é o dinheiro do povo que paga, mas não com o valor das passagens e sim, tirado do cofre do governo.

A concessionária só serve para arrecadar o dinheiro, mas na hora de desembolsar, aí o governo abre o cofre e o nosso “dinheirinho” vai pelo ralo. Sim, “pelo ralo”, já que é esse “pagador” que sofre com atrasos e até com os acidentes que andam acontecendo com uma grande frequência.

E ainda tem gente que está pensando em dar mais ajuda para as concessionárias e quando alguém fala no assunto e ninguém desmente, fico na certeza que vão mexer no meu bolso.

Por todo isso, mais uma vez eu vou pedir: “Parem o mundo que eu quero descer!”.

2 comentários:

Lauro Sérgio Dantas disse...

Mas não são só os trens que são mantidos pela população, porque também as barcas, as empresas de ônibus e até as estradas são mantidas pelo povo, mas o governo quer mais é que o povão sofra.
Do povão só interessam os votos.
Cascadura - Rio

Lucinda Fortes Lanus disse...

Ninguém dá jeito nesse Brasil. Se o povo precisa, que se dane.
Mas também nunca um povo votou tão mal como agora.
Precisamos entender que o voto é a nossa arma. Vamos usar o voto para vencer e a hora é agora. Vamos dar início a nossa revolução nesse dia 7 de outubro. Votando certo na pessoa certa e não vendendo o voto. Nem por bolsa família nem por milhão. O nosso voto vale por uma vida.
Recife