segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mentira de pastor é pecado?

Gerson Tavares


Na sexta-feira passada, assistindo o jornal das 19 horas na tv Globo, esperei pela entrevista do Marcelo Crivella, candidato a prefeito do Rio. Se segunda a sexta-feira, os cinco candidatos à prefeitura mais bem colocados nas pesquisas, foram entrevistados. O que mais me chamava a atenção era o Crivella, porque com tantas confusões criadas com a sua candidatura, queria ver as suas respostas.

A apresentadora começou a entrevista, já puxando o tapete do candidato, quando ela perguntou sobre as obras lá do Morro da Providência. O cara-de-pau foi logo saltando de banda, e falou que ele nada tinha a ver com aquela obra. O que estava acontecendo ali eram obras do PAC. Mesmo com a apresentadora falando do “cimento social”, ele disse que a obra era do Lula e não teve jeito de admitir que até o Exército, esteve a seu serviço lá no morro.

Mas a apresentadora não parou por ali e falou do caso do senador estacionar na Avenida Atlântica sobre a calçada. Mais uma vez, a culpa não foi dele. Cheguei à conclusão que ele foi obrigado pelo "flanelinha" a parar o carro sobre o calçadão. No meu entender, esse "flanelinha" estava a serviço dos adversários do Crivella e o obrigou, sob ameaça, que ele parasse ali.

E assim foi durante toda a entrevista, e com resposta sempre em defesa, lá ia ele torcendo, para os cinco minutos da entrevista terminar. Isso aconteceu na sexta-feira às 19 horas e já no sábado, o Ministério das Cidades comunicava através de sua assessoria que as ações no Morro da Providência não fizeram parte obras do PAC. O “Cimento Social” foi feito com destaque orçamentário.

Quer dizer. O Crivella, mesmo sendo bispo do Edir, não tem a menor vergonha de mentir. Agora só falta aparecer um comunicado do “flanelinha”, acusando o candidato de ter dado o calote no estacionamento.

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