segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

“Programa Nacional dos Direitos Humanos”
Verdade ou mentira?
Primeiro capítulo



Gerson Tavares

Estive pensando nas coisas que andam acontecendo lá pelos lados do Planalto e cheguei a conclusão que a coisa está “afrodescendente”. Quando Lula pensou em fazer um projeto tão abrangente sobre direitos humanos, não podia acreditar que ele fosse tão desumano.

Quanto às “diretas já”, que esses que estão aí dizem ter lutado tanto por elas, hoje já não correspondem à realidade, já que elas, como sempre foi exigida é “total e irrestrita” e neste projeto torne-se de “mão única”. Mas sobre essa “caça as bruxas” que os “vassalos de Lula” tanto querem, já foi por demais comentada e lógico, vai acabar ficando no esquecimento, pelo menos até às eleições.

E foi a reboque dessa “aberração" que outras idéias vieram surgindo, outros seguimentos querendo também levar vantagem, foram criando reuniões que ao final de tudo viraram “conferências”. E foram nessas conferências que a mídia foi sendo absorvida e sem mais nem menos, se sentindo “engolida” pelos “seguimentos”.

Estas reivindicações já vem surgindo faz algum tempo. E surgindo de todos os lados e de todos os tipos. Agora com o “Programa Nacional dos Direitos Humanos”, tomaram “corpo” e tudo veio numa avalanche. A aconteceu em junho de 2009 a Primeira Conferência de Igualdade Racial, que pede garantias de participação de 20% de negros, indígenas e outras etnias discriminadas, nos programas de radio e televisão, inclusive com papeis de relevância de protagonistas. O interessante é que em nenhum momento falam em talento.

Mas vamos continuar: cotas raciais de 30% para profissionais que aparecem em campanhas publicitárias do governo. Até ai nada de mais, pois há muito tempo, mas há muito tempo mesmo não se vê comerciais só com pessoas de epiderme clara.

E ai vem uma dor de cabeça. Concessões de rádio e TV para comunidades tradicionais e entidades de direitos humanos. Isto me lembra 1989, quando montei um espetáculo só com afrodescendentes, que naquela época podiam ser chamados de negros. Gastei muito dinheiro para a montagem e após a estréia os “afrodescendentes” se reuniram e queriam tomar para eles os direitos do espetáculo, porque eu era um branco explorando negro. Na hora de gastar o dinheiro eu era um Deus, mas depois, na hora de ganhar algum, virei o “capeta”. Isto pagando salários que eles não estavam acostumados a receber. Que saudade me dá do bom e “velho” Grande Otelo, que foi o unico a ficar do meu lado, sendo ele a maior figura do elenco.

E ai eu fico pensando como será agora para montar as emissoras de radio e TV. Será que mais uma vez o “branco explorador” também vai ser um Deus para montar e depois os afrodescendentes irão assumir o comando?

Este foi o primeiro capítulo dessa novela “Verdade”. Amanhã vamos continuar, falando da “Igualdade Racial”, falando de “LGBT”, “Saúde” e outros seguimentos. E a história vai ficar quente.

2 comentários:

Anônimo disse...

esse negócio de 'direitos humanos' só atende bandido.

ninguem está preocupado com o cidadão de bem.

e quanto a palavra 'verdade', quem nessa políticia sabe o que vem a ser?

gilberto silva

belo horizonte mg

Anônimo disse...

Solta os bichos nessa cambada que só pensa em levar vantagem, Gerson.

É preciso dar um basta nessa farra de ONGs, de Comunidades e outras coisinhas que só servem para pisar em alguém.

Se essa turma pensasse em trabalho, tudo seria bem melhor. Mas eles só pensam em passar os outros para trás.


Fernando Luiz Sá


Santos - SP