sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Para ter a Copa, vale até roubar



Gerson Tavares





Eu sou do tempo em que juiz que roubasse no futebol, tinha que sair do estádio com muita segurança. Roubar no futebol era no máximo, um gol de mão, um pênalti não marcado ou então marcado mesmo sem acontecer. Já vi o Dé fazer um gol de “gelo” e outras tantas coisas que até viraram folclore. E não podemos esquecer que mãe de juiz sofria muito nas arquibancadas.

Mas parece que agora o roubo vai extrapolar as quatro linhas do gramado. O Brasil garantiu o direito de mandar na Copa 2014 e foi ai que o roubo foi instituído definitivamente, também fora do gramado, quer dizer, nas obras.

Lula quer que as obras aconteçam, aconteça o que acontecer. Ele, numa solenidade para consolidar o elo entre União, estados e municípios dividindo responsabilidades na organização da Copa, foi bem claro ao determinando que as obras da Copa de 2014 não passem por fiscalizações e que nem de longe, alguém pense em embargar-las. Questões ambientais ficaram para depois, mas que ninguém ouse falar em parar alguma obra.

Isto é o mesmo que falar: “Roubem, mas roubem muito porque eu autorizo”. Lula sabe que com fiscalização a sua turma já mete a mão, agora imagina “fazendo vista grossa” como ele quer?

Mas como o dinheiro tem que ser consumido urgente, Lula e Dilma incluíram no mesmo “projeto gastança” as Olimpíadas de 2016. nada pode barrar a fome de dinheiro dessa “patota”. Por tanto, fiscalização, nem pensar.

Quem conhece essa turma da “goela grande” que cerca o Lula sabe que a maior parte desta grana já tem um destino e o destino não é “canteiro de obras” e sim lá, num lugar bem distante das obras, de preferência em um paraíso fiscal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas para essa turma que está ai, tudo é motivo para roubar.

Eles querem é fazer o pé de meia, aliás, até cueca. Só tem ladrão.


Antonio Carlos Chagas


Vitória - ES