segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Moeda de troca até na desgraça




Gerson Tavares

A tragédia se abateu sobre o Haiti e o mundo se volta para lá. Uns que sempre estiveram na luta e neste caso coloco o Brasil como um dos mais presentes e outros que de uma hora para outra lembram que alguém precisa de ajuda.

Mas para ajudar é preciso estar de coração limpo. Não é hora de pensar, por que devo fazer? É fazer e nem pensar o porque. É um ato de humanidade ajudar aquelas pessoas tão sofridas com a guerra que assolou o seu solo e que agora, a natureza volta a castigar quem tão pouco tem.

Mas o mundo se volta para lá, só que alguns pensando onde podem tirar partido. Barack Obama precisa aparecer e mostrar que o seu país está pronto para ajudar. O impacto da tragédia talvez tenha tocado o coração de muitos governantes. Se Obama foi um deles, Sarkozy se colocou logo ao seu lado.

E eu pergunto: Será que dá para acreditar no empenho do governo francês? Será que o marido de Carla Bruni está só pensando naqueles “pobres desamparados”? Estas perguntas tem uma razão já que Sarkosy não escondeu sua preocupação em promover o governo brasileiro como um dos “salvadores da pátria”. Logo o presidente da França que fazendo parte da Comunidade Européia, tantas promessas já deixou de cumprir para ajudar aquele país “desgraçado” pela miséria. E enaltecer o Brasil é fácil, mas sem muita lógica, pois afinal é o Brasil que mais luta junto a ONU para empenho na recuperação do país mais pobre do ocidente.

Por essas e outras eu vejo com muita desconfiança esse empenho de Sarkosy em promover o Brasil. Não podemos esquecer que Sarkosy e Lula tem um “acordo”. O Brasil compra o avião Rafale e em troca Sarkozi luta para colocar o Brasil, onde se lê Lula, no Conselho da ONU.

E se o Brasil já está a tanto tempo envolvido de corpo e alma na preservação daquele povo e reconstrução do país, não é agora que o Haiti vai precisar de Sarkozy servindo de cicerone de Lula.

Nenhum comentário: