quarta-feira, 4 de março de 2015

QUEM PAGA É O POVO

Gerson Tavares 
 








Quem mandou votar? Nesta segunda-feira que passou, a Agência Nacional de Energia Elétrica, mais conhecida pelo apelido de Aneel, homologou o montante de R$ 245,846 milhões de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) que deverá ser repassado pela Eletrobrás às distribuidoras, conforme.

E o que mais preocupa é que desse total, a maior parte corresponde ao repasse do mês de janeiro deste ano, num total de R$ 188,758 milhões. Já o restante cobre despesas das empresas referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014. Isso quer dizer que 2015 estará muito mais pesado para o bolso do usuário. Mas o que preocupa mais ainda é o fato deste documento não informar o prazo limite para a transferência dos valores. Sabe-se lá se eles estão pensando em “assaltar” o usuário pelo resto da vida?

Mas para que não haja nenhuma dúvida, a conta de luz deve subir para os clientes de 58 distribuidoras de energia pelo país. Em São Paulo, o reajuste deve ser de 32%, enquanto no Rio de Janeiro, a alta deve ficar por volta dos 22% e em Minas Gerais, 28%. O acréscimo médio no país deve ser de pouco mais de 23%. Coisa pouca para um País que distribuiu um reajuste de salário mínimo de mais ou menos 6,5%.  

Como os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora, para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu. Isso quer dizer que assim como “o petróleo é nosso, a Itaipu também é”. É só uma piadinha, tá?

E assim, com tudo isso acontecendo, começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão. Assim sendo, já em maio a bandeira vermelha estará roxa.

Tudo isso quer dizer que entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.

Só que quando chover e não tenhamos mais falta de luz, os preços já estarão na estratosfera e assim sendo, não haverá mais necessidade de baixar o preço.


O brasileiro que se “funique”!


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