sexta-feira, 20 de março de 2015

GOVERNO QUER MUDAR APOSENTADORIA

Gerson Tavares
 






O brasileiro tem que morrer trabalhando. Pelo menos é o que dá para entender nas palavras do ministro da Previdência Social que esteve negociando as medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença no Congresso Nacional. Assim sendo, o governo Dilma Rousseff vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário. Esta informação é do Carlos Gabas, ministro da Previdência Social, que concedeu ao jornal “O Estado de S. Paulo” sua primeira entrevista após assumir o cargo.

Segundo palavras do ministro, a ideia é substituir o fator, criado em 1999, por uma fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil. disse ele: "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso". Essa formula 85/95 quer dizer: “soma a idade com o tempo de serviço - 85 para mulheres e 95 para homens”.

Gabas é um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff e está escalado para discutir com as centrais e os parlamentares o pacote de aperto aos benefícios sociais, incluindo seguro-desemprego e abono salarial. Só com pensões por morte e auxílio-doença, o governo gastou quase R$ 120 bilhões em 2014. E por falar em gastou, com a “quadrilha” da Petrobras, quanto o governo gastou?

Mas voltando a fórmula, como seria essa fórmula? O Gabas diz que o fator é ruim porque não cumpre com o papel de retardar as aposentadorias e assim uma grande maioria dos trabalhadores acabam não morrendo antes da aposentadoria. Então ele diz que é preciso agora pensar numa fórmula que cumpra esse papel de retardar.

Então seria bom que ele explicasse por que a “85/95” é melhor que idade mínima e o ministro explica que é porque o trabalhador mais pobre começa muito cedo a trabalhar. "Se coloca 65 anos como idade mínima para se aposentar, ele terá de trabalhar quase 50 anos ou mais. Já um trabalhador de família mais rica, que ingressa mais tarde no mercado de trabalho, teria outra realidade". E ele continua com o “cerca Lourenço”: “o governo defende aqui, quando essa discussão chegar, uma soma de idade com tempo de contribuição, para proteger o trabalhador mais pobre”.

E diz Gabas: "Seria 85 para mulher e 95 para homens, mas tem fórmulas dentro disso. O 85/95 é um conceito, um pacote político, para iniciar as discussões. Essa é a próxima para discutir depois do pacote das pensões por morte e auxílio doença. O foco do ministério é fazer as medidas".

Ele é mais um enganador que só pensa em acabar com as aposentadorias. Só quero saber se o trabalhador, quando conseguir se aposentar vai ter direito ao funeral por conta da Previdência.


Será? 

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